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Pois é: Londres pode até ter Rainha, castelo, príncipe e até bebê real, mas parte da história da cidade é para lá de mal-assombrada também. Parte disso porque os próprios ingleses gostam desse tipo de história que envolva contos fantasmagóricos: afinal, saiu das bandas de lá histórias de bruxinho Harry X “aquele que não se pode dizer o nome”; Sherlock Holmes e seus crimes misteriosos; Frankestein (a autora Mary Shelley é inglesíssima, de Londres); Drácula (várias passagens da história do monstro dentuço se passaram na capital londrina, onde morava o autor Bram Stoker), entre outras…

E como toda história tem um fundo de verdade, o fato é que Londres guarda, escondida em suas esquinas durante anos, muitas histórias de suspense, de terror e de crimes escabrosos que aconteceram na vida real e que até hoje tem casas, prédios e paredes testemunhas do fato para contar a história.

Por isso, Halloween ou não, vale a pena incluir estes lugares no seu roteiro. São roteiros horripilantes, é verdade – mas são um registro da vida como ela era.

Bora lá? 🙂

 

Torre de Londres:

Então: a torre está só no nome. Porque a Torre na verdade é uma espécie de fortaleza, que começou a ser construída em 1078 como uma fortaleza real contra uma possível invasão do país. De lá para cá, muita coisa aconteceu: a Torre de Londres virou uma espécie de zoológico (ficavam ali os animais como leões e leopardos presenteados ao Rei por outros monarcas) e hoje abriga as jóias da Coroa.

Torre de Londres

Mas o que a Torre de Londres mais tem, mesmo, são histórias. Foi a principal prisão da Inglaterra por alguns séculos, e foi o palco de execução de alguns criminosos, como as duas esposas de Henrique VIII, Ana Bolena e Catarina Howard, ambas consideradas culpadas de traição. E diz a lenda que a primeira anda ainda pela Torre de Londres carregando sua cabeça debaixo do braço, e a segunda ainda grita, chamando pelo marido, pelos corredores da fortaleza. Outra lenda é a dos dois filhos do rei Eduardo IV, dois meninos que foram trancados na torre pelo seu tio que queria tomar o trono, e que nunca mais foram vistos (mas, lá pros anos de 1600, foram encontradas duas caveiras de crianças… Assombrador, não?)

Corvos na Torre de Londres Inglaterra

E como tudo ainda pode ficar mais  horripilante, ao ir lá repare nos corvos que vivem pela Torre (diz uma lenda que o dia que as abandonarem o castelo a Monarquia inglesa cairá) e nos nomes das construções, como a “Bloody Tower” (Torre Sangrenta) e o “Traitor’s Gate” (Portão dos traidores, onde dizia-se que você só o atravessava com vida uma vez – para nunca mais voltar). No caminho, os condenados ainda passavam por estacas de madeira onde estavam penduradas as cabeças dos prisioneiros decapitados.

 Histórias horripilantes da Torre de Londres Bloody Tower

Traitors gate na Torre de Londres
O Portão dos Traidores: foi por aqui que Ana Bolena entrou na Torre de Londres, para ser executada em seguida. Na época, cabeças decapitadas dos condenados anteriores assinalam o caminho para a masmorra.

[alert style=”2″]Como reservar:

Onde é: a saída mais perto é na estação de metrô Tower Hill).

Valor: 33 libras (adultos) e 16,50 libras (crianças de 5 a 15 anos – menores de 5 não pagam); 28 libras (para maiores de 65 anos e estudantes) e 88 libras (ticket familiar, para 2 adultos e 3 crianças)

Onde comprar: Os bilhetes podem ser comprados na bilheteria ou com antecedência aqui.

Mais informações direto no site aqui.

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 Ghost Tour

Taí uma forma de contar histórias de terror de uma forma teatral e, convenhamos, bem comercial – mas o entretenimento vale a pena. O passeio é feio no Ghost Bus, um ônibus todo decorado  para a ocasião, e que dizem que pertencia antigamente a funerais. O trajeto percorre o Parlamento Inglês, a Catedral de Westminster, a Torre de Londres e a Tower Bridge, contando em cada um destes pontos as histórias trágicas que aconteceram por lá: a execução de Carlos I e Guy Fawkes, um soldado que teria planejado explodir o Parlamento e foi submetido a diversas torturas até sua execução.

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Mas o tour, que leva uma hora, é levado a sério no quesito “fantasmagórico”. Os guias encarregados do programa assumem uma postura meio teatral e cavernosa, e no próprio anúncio do tour o turista é avisado: “Nota: o ônibus é perfeitamente seguro. Caso haja a chance de algum espírito se manifestar dentro do veículo, nossa equipe está totalmente treinada para lidar com a aparição sobrenatural e garantir que nenhum turista sofra algum problema com a atividade paranormal”.

Ou seja, sente e espere, que é certo de vir alguma travessura! 🙂

[alert style=”2″]Como reservar:

Horário: 19:30 e 21:00

Valor: 20 libras (adultos) e 14 libras (crianças e estudantes);

Onde comprar: Os bilhetes podem ser comprados na hora no ônibus, que parte diariamente da frente do Grand Hotel, na Northumberland Avenue número 8. Ou pode fazer a reserva direto aqui.

Mais informações direto no site aqui.

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Tour do Jack, o Estripador

Para quem tem o inglês bom – porque as explicações acontecem somente neste idioma – é uma ótima pedida de se inscrever. Primeiro, porque é barato: apenas 9 libretas por pessoa, que podem ser pagas na hora (e se você fizer mais de um tour a pé com eles ganha desconto no segundo). Segundo, porque é um tour que acontece à noite e é realmente interessante, até pela aura de horror que envolve a história: o tour acontece com um grupo grande de pessoas (quer uma dica? Fique bem pertinho do guia durante a caminhada, para ouvir direito o que ele vai contar) e percorre os principais lugares onde os crimes foram cometidos.

Tour do Jack o Estripador

Sendo que “estripador” em inglês quer dizer “ripper”… E aí, imagine que essa que vos fala confundiu na pressa os dois nomes e pediu para participar do tour do “Jack, the Stripper”?

– Bom, esse acontece mais tarde – riu o guia para mim – e é bem mais caro! 🙂

Ou seja, acabei rapidinho com o clima de suspense. 😉

E porque a aura fantasmagórica? A história, totalmente real, aconteceu em 1888, quando 5 mulheres foram brutalmente assassinadas nas ruas escuras do bairro de Whitechapel, na época um dos subúrbios mais degradados da cidade. Os crimes eram todos semelhantes e foram atribuídos a uma pessoa (que a imprensa da época chamou de “Jack, O Estripador”) e que nunca foi pego. Até hoje o mistério nunca foi desvendado, e o tour acompanha os passos e os locais onde aconteceu cada uma das mortes, bem como conta como a polícia da época bateu a cabeça entre si para desvendar. O bacana é que o tour acontece à noite, e se o clima estiver frio e escuro, tanto melhor: ajuda na “aura de suspense”.

Jack o estripador
Um dos abrigos para mulheres em Spitafields, onde muitas procuraram proteção na época em que os crimes aconteceram. Não adiantou muito: a última vítima (e o mais brutal dos casos), foi encontrada morta no seu quarto, na rua ao cruzar esta esquina.

Mas o mais legal mesmo, assim, iradão… foi ver um americano perguntando para o guia inglês: “Vem cá, se vocês tinham na época o melhor detetive do mundo, o Sherlock Holmes, e ele não descobriu quem era, já ocorreu a vocês que ele e o Jack poderia ser a mesma pessoa?”

Sério. Ele perguntou isso sério. E eu cheguei a conclusão que o mundo está vendo série de TV demais e lendo de menos. Perdoe-nos, Conan Doyle!

Taí: Halloween ou não, vale a pena deixar o lado macabro de lado e fazer… É bem interessante mesmo!

[alert style=”2″]Como reservar:

Horário: Acontece todos os dias com saída às 19:30. O ponto de encontro é na saída do metrô Tower Hill. Sábados tem uma saída às 15:00 (mas na boa? Prefira de noite, é mais legal!)

Valor: 9 libras (adultos) e 7 libras (estudantes e acima de 65 anos);

Onde comprar: Os bilhetes podem ser comprados na hora. Basta chegar alguns minutos antes e procurar o guia na saída do metrô de Tower Hill).

Mais informações direto no site aqui.

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Esta jornalista e blogueira visitou a Torre de Londres e o Tour do Jack , o Estripador em parceria com o Visit Britain.

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Para ajudar na sua viagem:

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Comments

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Clarissa Donda
Sou jornalista e escritora. Eu criei esse blog como um hobby: a idéia era escrever sobre minhas viagens para não morrer de tédio durante a recuperação de um acidente de carro. Acabou que tanto o blog quanto as viagens mudaram a minha vida (várias vezes, aliás). Por isso, hoje eu escrevo para ajudar outras pessoas a encontrarem as viagens que vão inspirar elas também.

6 COMENTÁRIOS

  1. Tentei fazer o tour do estripador quando estive em Londres, mas me atrasei e perdi o horário. Fiquei morrendo de raiva.

    E devo dizer que rachei de rir de você e o “Jack, the Stripper”. Depois faz um post contando como é esse tour também! hahaha

  2. Clarissa, não foi só você que se confundiu com o Jack the Stripper/Ripper. Eu conheço duas pessoas que passaram pela mesma situação. =)
    A margem sul do tâmisa, à noite, tem várias rua pequeninas e meio com cara de filme de terror.
    Eu não tive coragem de visitar a torre de Londres (eu sou super mané, e não me sinto bem em lugares onde pessoas foram torturadas), mas o tour do Jack Estripador eu teria feito, se soubesse que existia. Muito útil, o seu post!
    Beijos

    • Joana, eu imagino! E pior que todos nós devemos fazer a alegria dos guias de lá com essa confusão, né? Uma boa situação divertida.
      E é verdade, a margem sul, e algumas ruazinhas do centro, são meio assustadoras à noite! No meu caso, eu fiz o tour em um dia de verão, sexta feira, o que não ajudou muito na vibe fantasmagórica: o dia ainda estava claro e os pubs cheios de gente… Mas mesmo assim foi interessante: imagino que deve ser mais legal agora, em que os dias estão ficando mais escuros, frios e sinistros! 🙂

      Olha, eu sei bem do seu sentimento em relação a lugares em que pessoas foram torturadas (entrei no “Museu da Inquisição” na Itália e fiquei apenas por 5 minutos, largando amigos e tudo, porque comecei a passar mal). Mas a Torre de Londres vale mesmo, juro, a ida. Você pode evitar a torre onde ficava a sala de tortura (porque é só uma parte do castelo) e visitar o resto, porque é bem interessante: tem exposições sobre a vida do Henrique VIII, as jóias da coroa ao longo dos anos (super exuberantes), um guia dos guardas de lá, os Yeoman Guards… Sei lá, foi uma aula de história, sabe? Recomendo mesmo!

      Fico feliz que gostou do post! 🙂

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