História 1:
Era março de 2012. Há menos de um mês e meio eu havia pedido demissão do meu emprego (um cargo confortável de Gerente de Comunicação em uma consultoria conhecida no centro do Rio de Janeiro) para perseguir um sonho particular: poder me dedicar ao meu blog de viagens (este que vos fala) e escrever sobre turismo.
Ou seja, eu tinha milhões de incertezas, um enorme desafio, um medo razoável e uma coragem esparramada pela minha frente e dentro de mim.
Normal. Mas a verdade é que eu tava feliz da vida. Eu tinha passagens compradas para 4 viagens pelos próximos 4 meses, e em todas elas, para ir para lugares que adorava/sonhava conhecer e onde encontraria amigos queridíssimos que eu não via há tempos. Tinha agora mais liberdade para viajar, sim – mas isso era só uma das consequências secundárias do meu novo plano de vida. O principal é que, pela primeira vez na vida, eu tava fazendo algo que eu gostava muito – escrever sobre lugares e pessoas -, abri mão de muita coisa por isso e agora só dependia de mim para dar certo.
E aí um dia eu tava batendo um papo sobre essa nova vida de desafios com um amigo meu, quando:
– Tá, isso que você tá fazendo é muito legal – disse ele – mas você sabe que você não vai mais namorar para o resto da vida, né?

Hein?
Tipo, to aqui abrindo o meu coração, feliz da vida contando sobre as novíssimas possibilidades da MINHA vida, do meu trabalho, das coisas que EU quero fazer, e o único comentário dele foi esse?
Mas vá lá: o comentário me pegou tão de surpresa com a sua “nada-a-verzice” com o assunto que, só de curiosidade, eu queria saber a lógica da profecia do moçoilo.
– Ah, é? E por que seria?
– Ah, Clarissa, é óbvio, né – me respondeu , com um sorriso irônico – Você viaja demais, né?
Peraí: como eu disse, eu trabalhava numa consultoria, onde por regra viaja-se bastante a trabalho. Antes de lá, trabalhei em uma multinacional, e o cenário de viagens se repetia. Eu sei e eu via, em meus colegas de trabalho, o quanto viajar demais pode impactar num relacionamento, e não sou ingênua quanto a isso. Mas também sei que viajar demais nunca trouxe nenhuma maldição irreparável condenando os relacionamentos forever and ever e vejo muito casal maduro administrando isso muito bem.
Mas eu senti que não era isso que ele queria dizer. Tinha outra coisa por trás.
– Ok, então tá – eu respondi – E se fosse o contrário? Se eu que continuasse trabalhando no escritório quietinha e conhecesse um homem que, ele sim, faz o que eu faço hoje e viaja para caramba. Aí pode, né?
– Ah, Clarissa, é ÓBVIO, né? – me respondeu ele com a cara mais entediada do mundo, como se estivesse explicando o óbvio para um idiota – Aí é diferente!
Claro. É diferente. Sei.
Ah, antes que você me pergunte: não, ele não era um matuto, vindo de um fim de mundo machista e de cabeça atrasada. Pelo contrário, tinha se formado em um ótimo curso, em boa faculdade, e trabalhava num setor importante de uma grande empresa no Rio de Janeiro. Vivia, portanto, num mundo que dava todas as possibilidades de ter uma cabeça “aberta”.
Ali eu descobri duas coisas:
Na cabeça dele (1): em um relacionamento, homem pode viajar bastante sozinho. Mulher não. (e sequer precisam ser mencionados estes conceitos bobos de “confiança mútua”, “administração de tarefas”, “reservar um tempo para ficarem juntos”, etc. Não. Mulher não pode e pronto).
Na cabeça dele (2): A meia hora que eu passei antes contando o quanto eu estava feliz, os meus sonhos, os desafios que eu estava curtindo, as estratégias que eu estava planejando para frente, a alegria genuína em ter trocado a vida que eu levava por algo que eu sempre quis fazer… Tudo isso entrou por um ouvido e saiu pelo outro. O importante é que, agora, eu não vou mais “arrumar namorado”. Nunca mais. Já era. Cabô. Pobre de mim.
Aí o que você faz quando ouve uma “sentença” dessa? Checa na hora quantas rugas de preocupação brotaram na sua cara!
Resposta: nenhuma. 😉
– Bom, sua “profecia” não vai fazer a menor diferença. Eu já não estava namorando antes de pedir demissão. A diferença é que agora eu faço o que eu gosto e estou me divertindo muito mais.
Resposta educada. Porque mesmo com o comentário torto ele era meu amigo, e porque gentileza nunca me fez perder nada na vida.
Ele deu de ombros.
– Se por você tá tudo bem, então tudo bem…
*****
História 2:
Uma amiga minha tinha duas semanas para tirar em junho, e combinou de viajar junto com outras duas amigas de trabalho que estariam de férias na mesma semana.
Em tempo: as três são iguais a mim e a você; gente que trabalha horrores, com chefe pegando no pé, relatório de final do mês e muita planilha de Excel para pouco tempo para curtir pra si. E aí quando chega férias, tudo o que se quer é aproveitar e viajar – e de preferência, para um lugar que o sinal do celular não pegue, que é para o chefe não inventar de ficar ligando.
O destino: Machu Picchu, Peru, com mais algumas cidadezinhas-delícia para se conhecer no país dos incas. Lá foram as três, de mochila nas costas.

No meio do caminho, as três conheceram um grupo de rapazes (1 australiano e dois brasileiros). Pá de lá, pá de cá, rolaram as apresentações e aqueles papos aleatórios. Os brasileiros comentaram que tinham programado essa viagem para fazer entre amigos, e no meio do papo um deles comentou que era casado.
– Ah, que legal. E sua esposa ficou no Brasil, então? Ou está viajando também com as amigas?
– Não, claro que não. Ela ficou no Brasil. Mulher casada não viaja sozinha.
E ainda completou:
– E dizendo isso, eu tenho certeza de que vocês são todas solteiras também, porque se fossem casadas, não estariam aqui.
Silêncio na mesa. Até o australiano ficou surpreso com a “lógica” do rapaz.
– Ah, tá! – reclamou uma delas – Então, de acordo com você, toda mulher que casar não pode viajar sozinha? Você pode viajar com seus amigos e ela não pode fazer o mesmo?
– Óbvio que não – disse ele, taxativo – Aí é diferente. Eu posso. Eu sou homem. Mulher casada não viaja.
*****
História 3:
Mas sabe a primeira história de “nunca mais vai arrumar namorado”? Pois é, ela aconteceu de novo. Com outro amigo.
– Então, da galera do colégio, já casou Fulano, Ciclano, Beltrano. Só vamos sobrar eu e você de encalhados – ele comentou, num chat de Facebook.
– Ué – achei esquisito. Não falava com ele há tempos e sou discreta sobre a minha vida social nas redes sociais – Como você sabe que eu tô solteira?
– Tem cara. Tá viajando muito. Por isso tá encalhada. Homem nenhum aceita isso.
*****
História 4:
Tenho uma prima que trabalha como gerente de RH para uma grande companhia brasileira, com fábricas em todo o mundo. Como executiva expatriada, foi mandada para trabalhar no escritório dos Estados Unidos e, nos últimos dois anos, para a Índia, na cidade de Bangalore.
Seguramente, um desafio tanto profissional quanto pessoal: afinal, sair do way of life americano direto para as belezas e contrastes da Índia era um choque e tanto. Mas que ela aprendeu a levar a vida e passou a ter um enorme carinho pela Índia, mesmo com todas as limitações de liberdade que teve que aprender a lidar.
Mas, segundo ela, o diálogo a seguir era bem comum:
– Porque você veio à Índia?
– Vim a trabalho, minha empresa me mandou para cá.
– E você é casada?
– Não.
Primeiro choque.
– Você tem filhos?
– Também não.
Segundo choque.
– Você está aqui sozinha?
– Sim.
– Você tem pais ou irmãos?
– Sim, tenho.
– Então porque eles não casaram você? – perguntavam os indianos estupefatos, em coro.
“Ok, era difícil explicar isso”, ela dizia. “Era algo que eles simplesmente não entendiam, que na nossa cultura funcionasse diferente”.
Mas até aí tudo bem, é mais fácil de compreender, né? Enfim, é outra cultura e tal, e sabemos como o papel na mulher na Índia é visto de forma diferente na cultura de lá.
– Mas o pior, Clarissa, é que onde eu sentia um machismo declarado no dia a dia não vinha dos indianos. Vinha dos outros brasileiros expatriados – e de suas mulheres, inclusive, que tinham ido acompanhá-los. Eu sentia claramente que era vista de forma diferente porque era a única mulher expatriada – e para piorar, não era casada – morando na Índia.
*****
História 5:
Uma amiga se separou há poucos anos e saiu de férias nesse verão. O destino da viagem: Búzios, destino que costumava frequentar com o então marido tempos atrás, e que agora ela ia sozinha para matar as saudades das praias deliciosas e da vibe buziana.
Escolheu a praia de João Fernandinho, que era quase privada àquela hora: só ela e mais três famílias aproveitando a vida ao sol. E tudo ia bem até a chegada de um grupo de turistas italianos, todos homens, que insistiam em tirar fotos dela de biquíni, apontando celulares, insistindo em enviar drinques a todo momento, sem nenhum senso de espaço, privacidade ou educação.
Ok, aqui a nacionalidade é só um detalhe; o desrespeito seria o mesmo se viesse de um grupo de homens de qualquer país. Mas o que ficou claro foi o motivo pelo qual ela foi escolhida:
“Porque um homem só ou uma esposa com marido e filhos é respeitada na praia e uma mulher só, que está tranquila, na sua e pagando suas contas não? Qual é o problema deles entenderem que mulher brasileira e sozinha na praia não é uma prostituta?”
*****
Você chegou a pensar que eu só tenho amigo mala, né?
Pois é, juro que eu não tenho. Eles são bem legais. Tão legais que eu me surpreendi quando escutei o primeiro comentário. E o segundo. E todos os outros que vieram depois…
Fiquei chocada. Jamais imaginei que, nos dias de hoje, iria ouvir um “Homem nenhum aceita isso”.
O “isso”, em questão, tão inaceitável se vindo de uma mulher, é viajar. Só isso.
Esse post nasceu por acaso, assim como foi por acaso que eu escutei essas comentários. E aí resolvi conversar com minhas amigas para saber se elas tinham tido experiências semelhantes. Para ver se esse mindset era coisa pontual comigo ou não. Se tinham sido olhadas com estranheza por estarem viajando sozinhas, ou se tinham ouvido algum tipo de comentário que fizesse alusão ao fato de elas serem mulheres.
Aqui, veja bem, não estou falando de segurança: de cuidados que uma mulher deve tomar se viajar sozinha, etc. Isso aí acho que já dá um outro tópico. Estou falando, unicamente, da visão que os outros têm da mulher que viaja.
E elas me deram suas contribuições – verídicas e numerosas, que fui coletando há pelo menos dois anos. Quase todas as experiências, delas e minhas, tinha o mesmo pano de fundo: vinha alguém (invariavelmente um homem) dar sua opinião (que ninguém tinha pedido) ou falar alguma coisa sobre a sua vida pessoal/amorosa (da qual ele não tem o menor conhecimento, e mesmo que tivesse, não tinha intimidade) e como as viagens (muitas, poucas, não importa) eram um indicativo de se a mulher “era para casar ou não”.
Aliás, “casar” e “não casar”: aparentemente, o “maior privilégio” e “o maior fracasso”, respectivamente, que pode acontecer na vida de uma mulher. O que ela conquista ou sonha fora isso parece que não entra na matemática se estiver faltando um anel no dedo.
E isso também me faz pensar também em outra coisa: o que, na cabeça das pessoas, é viajar muito ou pouco? Há alguma medida oficial? Ou bastou viajar uma vez – e, cruz credo, sozinha – para uma mulher já ser “um problema” para a sociedade?
“Ah, mas você sabe que viagens e distâncias é a oportunidade perfeita para pular a cerca”, eu já ouvi por aí. Mas discordo. Acho que traição está mais na índole do que nos quilômetros de distância de casa (nesse contexto, o barzinho do lado do escritório é tão “facilitador” quanto a viagem de negócios até o Japão). Mas deixando de lado a questão da infidelidade, aparentemente a viagem já é um pressuposto de uma liberdade, novidades e um hedonismo que ainda é mal-visto quando não se trata de um homem. E, como uma amiga bem colocou, “se a gente ainda não consertou a idéia de que uma mulher sentada num bar sozinha ou com as amigas porque quer já é vista como fácil, imagine viajando por conta própria pelo mundo?”
Notem, esse é um blog de viagens: nem de longe minha idéia aqui é discutir vidas amorosas ou fazer discussões inacabáveis entre os sexos e os deveres de mulheres casadas e solteiras. O que a gente quer, mesmo, é falar de mulheres que viajam. Tenho amigas que só viajam com seus maridos porque tem neles o melhor companheiro de viagem que poderiam querer. Acho o máximo – principalmente porque assim o é por escolha delas. E porque julgar uma mulher que viaja sozinha me parece tão errado quanto julgar uma que só viaja com o cônjuge, eu sou do grupo que acha que todo mundo tem mais é que viajar mesmo, porque de tititi o mundo já tá cheio.
E por isso que achei que cabia a reflexão num post hoje, já que Dia da Mulher é o tipo da data que eu confesso que só me lembro porque recebo dos amigos, do Facebook e do comércio da esquina algum parabéns ou mimo. É o dia que eu esqueço que existe até alguém falar dele – assim como eu esqueço que existe um machismo encruado no dia-a-dia até a hora em que escuto um julgamento desse tipo.
Daí aproveito, ainda, para saber a opinião de vocês, meninos e meninas do meu Brasil. Se vocês tiverem histórias assim, eu peço plís que contem aqui embaixo nos comentários, por favor! Boas e ruins! Assim a gente troca experiências e, sobretudo, extravasa esses ebós – afinal, se ouvir histórias como essas aí de cima fazem a gente puxar aquele “aff!” revoltado do fundo do coração (gente, tanta coisa pra fazer nesse mundo e esse povo aqui, falando besteira no nosso ouvido) , é bom também mostrar para muitas mulheres que querem fazer seus voos solos pelo mundo – como muitas que mandam mensagem aqui pedindo dicas e trocando idéias– que o mundo fica ainda muito mais feminino e bacana quando tem mais mulheres viajando! 🙂
História 6 (a última, prometo!)
Era novembro de 2012 e eu o tinha conhecido – adivinhem só – em uma viagem. Que era a trabalho, mas também era um dos meus grandes sonhos: conhecer de perto o Dia dos Mortos no México.
Era o lugar mais improvável do mundo, aliás – e conto como foi aqui.
Falávamos de trabalho. Contei da minha decisão de mudar de carreira, dos desafios, dos apoios e dos comentários negativos. E, sem querer, comentei o tal papo com meu amigo, com o qual abri esse post – o tal sobre mulher viajar demais.
– Engraçado – ele respondeu – pois foi exatamente isso que eu achei o mais interessante em você.
Estamos há mais de um ano juntos, já. E as viagens continuam para ambos. O mundo não fica muito melhor quando é assim? 🙂
Um dia encontrei uma antiga professora que me perguntou quantos dias eu tinha viajado sozinha no ano anterior. Quando respondi, prontamente ela me questionou: “como é que consegue ficar casada assim?”
Outro dia, num evento me perguntaram: “mas seu marido deixa você viajar sozinha?”
O ser humano não para de me surpreender o.0
Natalie, ótima! E eu não sei o que é pior: perguntarem isso ou ficarem “chocados” quando você responde que sim, seu marido “deixa” você viajar sozinha!
(mas o que me incomoda é que a pergunta nunca é ao contrário: nunca perguntam para o homem como é que ele consegue ficar casado assim)…
Nunca viajei sozinha (por opção, pois quero sempre ter certeza de alguém por perto para dizer: olha! que lindo!), mas em 2010 tínhamos férias planejadas e meu marido mudou de emprego (portanto não iria mais). Ele me disse para ir sozinha e eu respondi que não gostaria de ir me divertir e deixá-lo em casa, parecia sacanagem. Então ele sugeriu: vá fazer um curso, assim não parecerá que vc está me deixando para curitr enquanto eu trabalho. Passei um mês no Canadá com uma amiga (aquela parte de não gostar de ir sozinha) e foi muito bom. Em 2013 aconteceu algo semelhante e passei uns dias em Foz do Iguaçu sem ele novamente. Sei que não é uma história sobre viajar sozinha como sugere o post, mas acho importante destacar que a liberdade de escolha é o que conta. Um marido, ou melhor, NINGUEM, tem o direito de decidir aonde vamos, como, quando e SE vamos. Acho legal destacar maridos que incentivam e participam. No meu caso, foi ele mesmo quem deu a ideia e achei isso muito legal, pois sei que é raro.
OI, Daniela! Obrigada pelo comentário!
Eu concordo com você – viajar com alguém sempre é mais gostoso! Mas nem sempre isso dá para fazer (seja por questões de agenda, por exemplo), e se for o caso, acho que se alguém topar o desafio de viajar sozinha pode se surpreeender (positivamente!) muito com a experiência, que tem tudo a ver com autodescoberta e autoconhecimento. Mas isso é, como tudo, uma questão de opção – e a minha idéia do post é dizer que essa opção deve estar ao alcance das mulheres sempre – independente de solteiras e acompanhadas – e que uma mulher viajando sozinha (ou com as amigas porém desacompanhada de um homem) não diminui em nada o valor dela, como infelizmente algumas pessoas parecem pensar ainda.
Acho muito legal o que o seu marido fez: incentivar e participar. Acho que o mundo precisa de mais homens que pensem assim! 🙂
Belíssimo texto, Cla! Eu sei que estou te devendo uma história, mas a respeito do seu texto de hoje: meu marido me conheceu viajando sozinha e ele acha sensacional que eu continue a fazê-lo. Ele tem o maior respeito pelas minhas amigas e acha lindo que eu mantenha amizades de mais de 30 anos. E, last but not least, ele é o melhor companheiro de viagem que alguém poderia querer.
Marcie, obrigada pelo comentário. Fico realmente pensando o quanto o mundo não ficaria bem melhor se o resto da ala masculina seguisse o exemplo do seu marido e de tantos outros que respeitam e incentivam suas esposas. O mundo, as pessoas, o relacionamento, tudo só tem a melhorar com isso, ao invés de insistir em machismos sem sentido.
PS: Tô esperando sua história!!! 🙂
Clarissa,
adorei os relatos.
É deprimente como encontram tantos motivos para denegrir a mulher… até viajar sozinha vira problema.
No meu caso, o que percebo é uma pontinha de inveja em alguns comentários porque a alguns homens falta a liberdade de poder correr o mundo. Ou então: “ah, você é burguesinha!” (sem imaginar do quanto abro mão para poder viajar).
Assim como você, passei a me dedicar a escrever sobre viagens depois de deixar um emprego fixo e tem sido uma experiência bem bacana dividir experiências.
Abraços!
Menina, te falar que o meu sangue ferveu com esses seus amigos aí. E com os italianos. E com o brasileiro que tranca a mulher em casa enquanto ele tá lá de boa com os amigos em Machu Picchu.
Não é, Natty? Eu confesso que até hoje fico sem saber o que responder quando escuto alguém fazer um comentário desse. Porque vontade é de dar uma resposta nada agradável!
Apertei o botão antes da hora 🙂
Tudo isso pra dizer que estes comentários “do bem” , preconceituosos e ignorantes, devem ficar relegados ao lixo de onde vieram.
Ótimo post! Parabéns e continue viajando muito!
O mundo fica mesmo muito melhor com mais mulheres viajando. Não consigo imaginar como isso poderia ser ruim. 😉
Fernando, obrigada! O mundo precisa de mais homens que pensem como você!
Adorei o post, Clarissa!!
Fico pasma ainda com tanto preconceito, por parte não só de homens, mas de mulheres também, com as mulheres que viajam sozinhas.
Eu mesma, que adoro viajar, passei por uma situação preconceituosa quando saí com um cara. Ao falar que adorava viajar, inclusive sozinha, se fosse o caso, ouvi dele que “mulher que viaja muito e desacompanhada (por homem) é porque quer se ocupar por falta de um”. Eu, educada e respeitosamente, respondi que viajar muito, sozinha ou acompanhada, era um prazer na minha vida e não uma ocupação. para isso tenho meu trabalho e outros afazeres.
Acho muita ignorância por parte dos homens achar que o prazer e a felicidade na vida da mulher se resumem a eles. Pois não mesmo.
Adoro viajar acompanhada, de preferência com um cara bem bacana e que me curta, mas na falta dele, vou sozinha mesmo e ser feliz do mesmo jeito.
Bjos,
Mari.
Mari, há quanto tempo!
Obrigada por dar sua contribuição aqui! Olha, eu confesso que não saberia o que responder para esse indivíduo que você comentou – de modo que eu adorei a sua resposta, eu não teria pensado em nada melhor.
Me dói toda vez que escuto isso – especialmente porque quem diz continua a achar que a gente é que está errada…
Um beijão!
Amo viajar com meu marido e minha filha, mas pelo simples fato de querer dividir com eles esses bons momentos. Graças a Deus meu marido é zero machista nesse sentido e mês passado inclusive me deu uma passagem de presente para o outro lado do planeta .. rs… ainda fica me sacaneando pq eu estou toda cheia de dedos montando meu primeiro roteiro alone ! kkkkk
Mas, a foto de Machu Picchu me fez lembrar de uma brasileira q conheci em Cusco. Nos encontramos em vários pontos da viagem e por acaso estávamos no grupo do mesmo guia em Machu Picchu. Era para ser um dia super feliz, mas ela estava toda triste pq o namorado tinha terminado com ela por E-MAIL, pq não aguentou que ela estivesse viajando sozinha !
Oi, Rê!
Que delícia!!! Viaja quando? Você vai ver que viajar sozinha faz a gente ter a maior saudade, mas também é uma delícia!
E o mundo precisa de mais maridos que pensem como você!
Imagino como essa menina devia estar triste! Embora, juro, quando me aconteceu uma coisa parecida, eu fiquei triste sim, na hora, mas o nosso lado racional, esse querido amigo, sempre nos mostra mais pra frente, que ter uma pessoa assim fora da sua vida seria a melhor coisa que aconteceria com ela.
E agora, fiquei pensando, ela tem que voltar a Machu Picchu – para eliminar as lembranças ruins do lugar que ficaram por causa desse mané!
Oi Roomie,
Acho que meus amigos são mais legais, ou não tem coragem de me falar estas coisas! hahaha
Adorei o texto. Existe este preconceito, sim, parece que as pessoas estão sempre preocupadas se você consegue lidar com viagens e com uma vida amorosa. Um saco.
Beijão!
Carol, acho que os meus foram meio sem noção sim. Mas lembrei e fiquei impressionada por terem partido deles, porque ouvi coisas assim várias vezes, de diferentes pessoas.
Mas o pior mesmo é que parece que eles só estão preocupados em como você concilia viagens e vida amorosa porque você é mulher – nunca vi fazerem essa mesma pergunta para homens!
Ótimo post expondo algo tão comum, mas tão chato para nós, mulheres. Parabéns pela coragem! 🙂
Obrigada, Lu!
Excelente postagem que vou compartilhar com grupo de mulheres viajantes.
Mas o triste é saber que ainda existem tais pensamentos.
Mas vamos em frente ok. E a cada dia fazendo a nossa parte para um mundo melhor para todos.
Viajo sozinha e pronto.
Abraços de viajante
Olá Clarissa, adorei!!!! E cada virgula infelizmente é a mais pura verdade. Mas que eu faço como você ignoro.
Uma vez eu fui a Fortaleza, e a guia do grupo em que eu estava marcou um jantar para um grupo (quem desejasse ir) em um local com show de humor. Então quando eu cheguei havia apenas casais a mesa e todos ficaram me olhando. Os homens eram os que mais perguntavam, e batiam na tela, mas vc está sozinha. Alguns batiam algum papo sem se aprofundar na questão, mas as mulheres torciam o nariz, eu sentia q ali eu era uma ameaça. kkkkk O preconceito infelizmente não está somente nos homens. E a mãe da minha amiga portuguesa que me esculhambou na cara, pq eu estava viajando sozinha, não tinha marido, filhos…kkkkk Mas a ela eu dou um desconto!!!! Bjs
Ana Lúcia, eu concordo com você! E sei bem dessa experiência das mulheres casadas olharem para você sozinha como se fosse uma ameaça. Numa reportagem que fiz para uma amiga sobre comportamentos e agressões à mulher, me surpreendi ao descobrir que as pessoas mais machistas que eu pesquisei eram, exatamente, mulheres! è uma pena como as próprias mulheres podem ser tão preconceituosas consigo mesmas, ao invés de unir forças.
Mas sabe o que? O mais importante é isso mesmo, a gente continuar viajando sem se preocupoar com isso!
Querida Cla, adorei o post! E muito ser dificil ser mulher em qualquer epoca e em qualquer lugar do mundo! Acho o maximo que as mulheres tiveram a coragem de buscar ser algo mais do que maes e esposas, elas (nos) queremos ser nos mesmas. Infelizmente nao conheci nenhum homem no mundo (e olha que ja rodei!) que me dissesse algo do tipo “quero explorar o meu potencial humano, portanto, alem de ser o provedor da familia, tambem quero ser um bom dono de casa e otimo um excelente esposo e pai” – na mesma medida em que tantas mulheres sao maes, esposas, excelentes profissionais e otimas donas de casa, e ainda arrumam tempo para estar lindas, em forma, e fazendo a proxima pos ou o idioma! Beijo e continua escrevendo tantas mensagens lindas e inspiradoras!
Obrigada, Gi! Adoro suas palavras, volte sempre aqui, viu?
E a cara de pena? Você lá, feliz da vida, com o SEU destino, a SUA viagem, o SEU tempo, só seu, tão necessário… e sente os olhares do tipo “tadinha, tem ninguém pra viajar com ela”. O assunto rendeu um post excelente. E pode render muito mais, hein? Tem cara de tema de livro, de mestrado… Beijo!
Elaine, o pior é a cara de pena pelo que você falou ou a cara que fazem quando você insiste que viaja sozinha porque gosta, quer, pode, e etc. As pessoas te olham como “tadinha, não sabe o que tá falando”. Isso quando não ficam revoltadas achando um absurdo (tipo, “mulher com essa liberdade toda, vê se pode! Tsc Tsc”)…
E a maioria desses olhares vem das próprias mulheres… O que para mim é ainda mais penoso…
Clarissa, adorei os seus relatos e concordo 100% com a sua posição. Se pra você felicidade é viajar e escrever sobre suas viagens, você tem que continuar fazendo isso mesmo. E nenhum homem que ache que você está errada mereceria estar ao seu lado, porque ninguém tem o direito de tirar o que te faz feliz. Há gente de todo o tipo nesse mundo, você encontrou uma pessoa que pensa como você, olha que maravilha! Parabéns!
Camila, obrigada pelo comentário! Pois é, fico feliz de ter encontrado – mas olhe pelo que eu passei até ele chegar! 😛 Tenho muita história dessa na manga! :/
Em 2010, concluí que eu havia gastado muito tempo juntando coisas e dinheiro, mas depois de conseguir meus objetivos, me sentia muito triste e sozinha. Peguei minhas economias e decidi viajar. Coincidentemente, passei em um concurso público e saí do emprego. Ninguém estava disponível para me acompanhar em pleno mês de outubro. Ainda assim, resolvi ir sozinha para o Mato Grosso, na região da Serra do Roncador, e depois para a Bolívia e o Peru. As experiências estão aqui: viagensdagabi.blogspot.com.br/search/label/De%20Roncador%20a%20Machu%20Picchu
Foram várias as situações em que homens e mulheres me perguntaram se eu estava com alguém, se eu não tinha namorado, se eu tinha família, se briguei em casa, se meus pais sabiam que eu estava lá. Em Aragarças (MT), um cara casado se espantou ao me ver sozinha tomando um lanche e já queria logo me convidar para um churrasco a dois na beira do rio. Na Bolívia, um cara tentou me passar a perna com a troca de reais por pesos e depois queria que eu o recebesse no meu quarto de hotel para “assistir um filminho”, já que eu estava sozinha. E assim vai…
Eu estava mais ou menos comprometida, naquele tempo. Andava ficando com o Daniel, que não quis ir comigo, já que não tínhamos ainda nada muito sério. Mas apoiou minha viagem e disse que não entendeu por que tanta gente estava preocupada com minha sanidade mental quando decidi sair por aí…
Curti pra caramba a viagem! Aproveitei muito, desafiei vários limites que eu havia me imposto a vida toda… Mas no final, percebi que havia sentido muita falta do Daniel e que eu gostava mesmo dele… Felizmente, ele disse que também sentiu muita falta de mim e começamos a namorar depois do meu retorno. Hoje, estamos casados e ele é, sem dúvida, meu melhor companheiro de viagens. Ainda assim, costumo viajar sozinha a trabalho (e ele também). Sem crises. E se um dia não der para tirarmos férias juntos, como costumamos fazer, vou viajar sozinha, mesmo. O importante é ser livre e feliz!
Gabriela, adorei sua história! Obrigada por dividir – viagem ensina muito a gente mesmo, e a gente tem que continuar saindo mundo afora, mesmo com essas situações que acontecem!
E olha, passei por uma situação parecida com a que você contou do cara na Bolívia… Me parece que esses caras pensam que estão fazendo “um favor” para a gente porque a gente está sozinha… Me enoja essa visão de mundo!
E fico feliz que você tem um companheiro de viagens com cabeça aberta! É dessa cabeça aberta que o mundo precisa mais!
Essa mentalidade machista brasileira me assusta! Dez anos fora do Brasil me fez perceber o quanto nós somos conservadores no quesito liberdade feminina.
Parabéns pelo texto, pelo blog e pelo Dia da Mulher
beijos
laiseygerard.blogspot.com.au/
Laise, ver esse machismo aqui dói mesmo. Mas sabe que fiquei surpresa esses dias? Conversei com uma amiga que mora na Índia e morou anos nos EUA, e outra que é americana, e ambas contaram situações semelhantes. Eu achava que esse pensamento era herança meio latina, mas me surpreendi. Talvez tenha menos nos outros países, mas vejo, por essas e outras, que machismo não é problema de uma só nacionalidade não (o que é uma pena!).
Só agora tô lendo esse post maravilhoso! Sem dúvida, meu melhor companheiro de viagem é o meu marido, mas não entra na minha cabeça viver numa prisão. Mas olha, tem gente que se surpreende até quando conto uma história de um overbooking que sofri na volta da Turquia (e ele conseguiu chegar): “mas como! Vocês estavam viajando em voos separados?! Vc não tem medo?!” Aí eu respondo que se o avião caísse, pelo menos sobraria o outro pra cuidar das crianças. Me abane, viu?
Sobre a história 2: Eu namoro e vou viajar durante 1 mês com uma amiga, sem ele, e já recebo reprovações. As pessoas não entendem “como assim vai viajar sem namorado?” Ué, eu nasci sem namorado, vivi 20 anos da minha vida sem namorado, viajei mil vezes sem namorado, o namorado não quer fazer a mesma viagem que eu porque já fez, e 1 mês viajando sem ele vai matar alguém por acaso?? “Mas vão só duas meninas sozinhas??” SIM, duas meninas que são mais competentes e safas que muuuuuuito homem bombadinho por aí. E um namorado que respeita meus sonhos e me encoraja a segui-los.
Um comentário sobre o mindset machista que me sinto obrigada a dizer é: muitas vezes vêm de mulheres. Minha mãe é uma das pessoas mais machistas que eu conheço. Ela foi a primeira a dizer que eu nunca arranjaria namorado por ser gorda, e que viajar só mulher é um absurdo, que mulher de carro na estrada é esquisito. Quando eu dirijo e meu namorado vai no banco do carona só ouço “os valores estão invertidos, ele é quem tem que te levar”. Muita mulher ainda acha que as mulheres têm que ser levadas por homens – em viagens, ou na esquina -, e se não for, é solteira. Essa coisa de querer que o cara sempre pague o cinema parece muito normal pra muita gente, mas esse cinema traz esses reflexos maiores, e as mulheres crescem achando que pagar, levar, ter a ideia, proteger, é coisa do homem, e “coitada” da mulher que não tiver um.
Nina, totalmente concordo com você: é das mulheres que eu escuto as maiores “sem-noçãozices”! E isso ainda me assusta, pois acho que elas mesmo que mais sofrem com essa posição de “coitadinhas”. Como você mesmo colocou, “e se não for levada por um homem, é solteira”. Ué, mas qual o problema em ser solteira? Acho que ser solteira é o máximo, tanto quanto ter alguém legal, se você está bem com você! Né?
Mas olha: acho que você tem mais é que viajar mesmo! 🙂
Olá Clarissa =)
Buscando dicas (preciosas) de viagem para a Suíça, encontrei o seu Blog… Ops! Encontrei o seu Sonho Realizado!
Bom, para contribuir com o excelente post, escrevo aqui, que as pessoas que mais apoiam e admiram as minhas viagens por esse mundão de meu Deus, são os meus pais, tios e tias que têm mais de 70 ou 80 anos.
Achei que seriam os primeiros a me criticarem, por não estar mais casada e não ter filhos aos 40 anos. Mas é, justamente, o contrário! Eles vibram e até me ajudam a cada viagem que resolvo fazer.
Hoje, quando vou a Bauru visitar a minha família, não escuto mais: “Não está namorando?”, mas eles (principalmente os homens) perguntam: “Para onde vai viajar este ano?”.
Adoro esses meus “velhinhos” cheios de modernidade na alma e na atitude!
Beijos e um largo sorriso!
Ana, que bom!!! São pessoas assim que a gente tem que conservar com a gente sempre, pessoas assim sabem que para a gente ser feliz a gente só depende da gente ser feliz, e não de convenções!
Obrigada pela mensagem tão leve e sorridente aqui no post! 🙂
Amei seu blog, que coragem de fazer as viagens assim…eu sempre viajo ,mas estou sempre acompanhada…Ganhou uma fã!!
Bjs
viagemrosa.blogspot.com.br
Adorei os relatos!! Não entendo essa mentalidade de mulher não viajar sozinha, marido não deixar!! aff…sou casada a 20 anos e meu relacionamento é super tranquilo com relação à viagens, sabemos e respeitamos o espaço de cada um, somos casados, não gêmeos siameses!!rsrsrsrs 1 vez por ano faço uma viagem sozinha e ele fica cuidando das 2 filhas que temos, acho importante esse tempo comigo mesma. Ele sempre pergunta: quando vai fazer a sua viagem sozinha com vc mesma?rsrsrs A do ano que vem já está organizada, dia 07 de janeiro de 2015 vou para a Espanha e fico 1 mês por lá!!! Estou super ansiosa!! Amamos viajar e viajamos muito, mas com ordem: 1 vez sozinha, 1 vez em casal, 1 vez com a família completa, 1 vez ele sozinho, 1 vez casal outra vez e 1 vez família e assim vamos conhecendo o mundo e construindo nossa feliz história!! 😀 Parabéns pelo blog!!
Nínive, que maravilha o seu relato! E que ótimo saber que existem casais que levam isso numa boa, que entendem a necessidade de cada um ter o seu próprio espaço e suas próprias descobertas – a relação fica bem melhor quando os dois viajam e, por conta disso, se tornam ainda mais interessantes, não?
Sabe, o que eu gostei mais nesse post não foi só extravasar o meu “aff” com essas pessoas que não acham que mulher não pode viajar: é saber das histórias de tantas outras mulheres pelo mundo que fazem isso sempre! Que casais assim multipliquem: o mundo fica bem melhor!
Olá, Clarissa!
Que blog lindo, que texto gostoso e divertido, e que história legal a sua. Li seu começo, porque quero começar um blog de viagens, mas sempre fico apenas lendo os começos e pensando, mas até chegar lá, até conseguir viajar tanto assim, até tomar coragem, entre outros “atés”…
Um dos “atés” é meu casamento, recente. Ambos amam viajar, mas meu trabalho me leva a fazer isso sozinha. E bate um pesinho na consciência, não pelo blábláblá desses machistas pé no saco que descreveu, porque ele não é um desses, pelo contrário, muito me apoia. É mais por vivenciar tantas coisas legais, enquanto ele me espera em casa cuidando da nossa gata rs :/
Ai, Natália, que legal seu comentário, fiquei muito feliz de ler – elogios assim sempre dão aquela “aquecida no coração” de um blogueiro! 🙂
Mas olha, se você ficar pensando nos “atés”, você não vai a lugar nenhum! 🙂 Meu blog começou também sem eu poder viajar (e doente, de cama!) e até hoje eu me surpreendo as vezes em ver onde ele chegou – e onde eu cheguei com ele! 🙂
E eu entendo o seu lado do casamento. Eu comecei como blogueira e conheci meu atual marido assim, naquela vibe “mulher independente, viajante, etc”. Casamos ano passado (e também temos duas gatas!) e volta e meia acontece de eu viajar e ele ficar trabalhando e cuidando das gatas. Também me bate esse pesinho as vezes, mas a gente tenta contornar marcando nossas próprias viagens juntos e nossos momentos juntos. Acho que assim dá certo!
Não desiste não – o mais difícil, que é encontrar uma pessoa especial que apóie a gente no que a gente quer (e sabemos o que tem de gente no mundo que adora puxar os outros para baixo!), você já conseguiu! 🙂
Esse post falou direto no meu coraçãozinho. Obrigada por isso! <3
Julia, obrigada você pela visita!!! 🙂
Oi Clarissa, tenho 36 anos e sou casada a 11 anos, ano retrasado tive uns probleminhas no casamento é passei 21 dias fazendo um tour pela Europa, sozinha, amei a experiência, sou empresária em um ramo extremamente masculino e já passei por cada preconceito, rs, e o de viajar sozinha não foi diferente, a família e amigos são os primeiros a apontar o dedo, me senti livre e realmente curti a viagem os lugares, fiz o quê queria, tenho 2 filhos e nunca tinha viajado sem marido ou eles e precisava disso. Sabe aquela questão de poder escolhe o quê comer onde comer a hora que comer, sem se preocupar com ninguém, ir a um lugar sem perguntar a opinião do outro, sem estress, isso é importante, nós também merecemos, porque não, e não se trata de infidelidade, se tratar de um tempo para viver só pra vc. Bom, depois de nos acertarmos há mais de 1 ano, hoje ao dizer ao meu marido que precisava de umas férias de novo sozinha, ele me disse horrores, o machismo imperou, mãe de família, mulher casada não viaja sozinha, vc não precisa de marido. Disse a ele se ele quiser viajar sozinho não acho ruim porque confio e eu já comprei passagens.
Vanessa, obrigada por deixar sua mensagem! Sim, é impressionante como uma viagem sozinha, só a gente com a gente mesmo, é capaz de transformar um monte de coisa na gente, a gente cresce – e não tem nada a ver com irresponsabilidade, é incrível como ainda há muita gente que ainda não entende isso!
Eu espero, de coração, que você faça sua viagem de novo, só você, que você tenha seu tempo para você mesma, tão necessário, e que tanto você quanto o seu marido aproveitem esse momento separados que também é importante! Fica firme que estamos com você, aproveite a sua viagem que você merece!
Excelente Post Clarissa!
Eu, 39 anos, e uma amiga, 38 anos, combinamos de viajar juntas pra Maceió, compramos só as passagens. Mas ela veio me dizer, muito sem graça, que o namorado dela tinha dado um últimato: ou ele ou a viagem. E ela ficou bem confusa, mas no dia seguinte me falou que ele reviu a atitude dele e que deixava ela ir. Foi então que eu passei a rever a viagem com ela, pois não quero ser alvo de nenhuma desconfiança ou motivo de um possível término entre eles, e muito menos viajar sob a batuta desse rapaz infantil,33 anos. A relação deles já não anda mesmo bem, porém ela está bem fragilizada e submissa na relação, o que me incomoda muito. Enfim, penso então tomar coragem e desistir da viagem com ela e ir sozinha, será menos problema pra mim. Gostaria de sua opinião sobre isso, já que é uma pessoa descolada e sensata. Obrigada!
Ai, Cristina, é difícil dar uma opinião nesse sentido porque cada caso é um caso, e eu me sinto incomodada em julgar a atitude de uma amiga ou de qualquer mulher que se sinta receosa em fazer algo que deseja por causa do namorado/marido/o que quer que seja. Concordo com você e acho que esse ultimato que ele deu é completamente descabido e desnecessário – mas eu confesso que eu já tive um relacionamento com um cara com essa mentalidade, em que houve ultimatos semelhantes, e houve várias brigas por causa disso. Acho que falar disso já daria um outro post! 🙁 O meu namoro não foi para a frente, mas eu estava no lugar dela, e também me sentia fragilizada e submissa – quando a gente está assim, a gente fica desorientada, e eu entendo ela, de verdade. E hoje, olhando para trás, eu vejo como isso incomodava as minhas amigas. O que quero dizer com iso é que, independente do que quer que aconteça, se eles brigarem ou terminarem, saiba que você jamais será o motivo ou a desconfiança, a relação já não está bem e, se houver alguma culpa, pelo que você contou não será sua nem da sua amiga. Mas infelizmente é algo que só cabe à sua amiga resolver.
Acho que você pode considerar o seguinte: se ela for muito sua amiga, uma pessoa da qual você tem carinho e quer bem, talvez essa viagem faça muito bem para vocês duas, especialmente para ela (um momento de uma viagem só entre mulheres, só de amigas, para um lugar longe, com praia, com prazer e a felicidade de curtir momentos especiais entre vocês duas, olha que delícia! Se ela está fragilizada, eu só consigo pensar em quanto isso seria positivo ela ver o quanto ela pode se sentir bem em enxergar a relação de longe e ver o quanto ela pode ser feliz sozinha).
Eu, particularmente, acho que os momentos em que passei com minhas amigas queridas após o término da minha relação – e em todos os outros momentos difíceis da minha vida, profissionais inclusive – me fortaleceram muito. Mas, mais uma vez, eu não sei a relação de vocês, estou dizendo apenas da minha experiência. Se você sente que isso vai ser um problema, e que talvez seja melhor ir sozinha, também é uma possibilidade e você pode se divertir muito também: já aconteceu de eu organizar uma viagem e de ultima hora, uma amiga cancelar e eu acabar indo sozinha e me divertindo horrores.
Bom, é isso. Não ajudei muito, né? Mas é um tema complicado, e eu só consigo falar dizendo algo que eu vivi. Mas acho que você que conhece a sua relação com ela melhor para avaliar o que fazer.
Mas cá entre nós, é preciso torcer ainda por um mundo em que a gente não tem que escutar de um “cerumano” que ele “deixa” a gente ir, né! Affffff…
Excelente Post Clarissa!
Eu, 39 anos, e uma amiga, 38 anos, combinamos de viajar juntas pra Maceió, compramos só as passagens. Mas ela veio me dizer, muito sem graça, que o namorado dela tinha dado um últimato: ou ele ou a viagem. E ela ficou bem confusa, mas no dia seguinte me falou que ele reviu a atitude dele e que deixava ela ir. Foi então que eu passei a rever a viagem com ela, pois não quero ser alvo de nenhuma desconfiança ou motivo de um possível término entre eles, e muito menos viajar sob a batuta desse rapaz infantil,33 anos. A relação deles já não anda mesmo bem, porém ela está bem fragilizada e submissa na relação, o que me incomoda muito. Enfim, penso então tomar coragem e desistir da viagem com ela e ir sozinha, será menos problema pra mim. Gostaria de sua opinião. Abraços!