O primeiro pernoite do passeio é feito em uma cidadezinha bem pequena, praticamemente uma vila, no meio do deserto. A chegada é em torno de umas cinco horas da tarde, bem na hora do pôr-do-sol (que, diga-se de passagem, é espetacular).
A cidadezinha é minúscula. São simplesmente algumas fileiras de casinhas de tijolos bem simples, todas da mesma cor, com as portas e janelas viradas para a parte de dentro das ruas e da cidade (então, ao andar nas ruas, você passa por uma série de casinhas sem nenhuma porta ou janela – parece uma cidade fantasma!). Dá para ter uma noção pela foto abaixo, quando resolvemos “dar um rolé” para ver o pôr-do-sol.
O motivo dessa disposição é proteger a entrada das casas do vento e da poeira do deserto. Haja vista que todas as casas são absolutamente da mesma cor… Cor de poeira…
Mas faça-se justiça. Fomos bem recebidos nas “pousadas”, que são nada mais que as casas dos próprios moradores que construíram quartos separados e banheiros para receber os viajantes. E se você sobe em uma janelinha da “pousada” é possível ver vários trucks idênticos aos seus chegando sozinhos de pontos diferentes do deserto e sendo cuidadosamente recolhidos pelas casinhas.
O serviço é bem simples, mas com o conforto suficiente para mostrar que o lugar é uma espécie de oásis do deserto. Camas e quartos separados, roupa de cama. Os banheiros ficavam do lado de fora (na foto abaixo, dá para ver uma portinha de um cômodo separado, com uma mini-chaminé). Água é de poço e luz é de gerador, mas devem ser usados com parcimônia e tem horário para tomar banho.
Ah importante! Nosso banheiro tinha água quente para o banho! E lembro que isso é muito importante, porque já era noitinha, e a temperatura do deserto cai para uns agradáveis 10 graus…
