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Depois do Egito conquistar os holofotes mundias por causa da revolução e os embates pró e contra Mubarak, e agora aproveitando que a poeira baixou um pouco por lá, proponho fazer uma pausa para voltarmos a falar do que vale a pena por lá. Falar sobre aquelas coisas das quais não há discordância. Nem briga. Pelo contrário, é instrumento de união e, porque não dizer, responde por um dos mais genuínos momentos de deleite e prazer do povo árabe.
Portanto, vamos deixar a guerra para lá e falar de comida. Seguramente, um dos pontos fortes que todo turista descobre ao visitar o local. E por que?
É Deliciosa: Absolutamente, impressionantemente, simplesmente deliciosa. Mérito dos temperos, algumas pimentinhas e ervas aqui e acolá que dão um gosto totalmente especial. Temperos esses que são encontrados aos montes nas feiras da cidade – aliás, um espetáculo sensorial à parte. Baunilhas, anis estrelado, folhas secas de todos os tipos de chás imagináveis, pimenta, mostarda… Isso se falarmos apenas do que conhecíamos.
Havia, inclusive, temperos em que só o efeito colateral é conhecido – e todos os vendedores vêm correndo mostrar para todas as mulheres que vão fazer compras!
É Leve: O forte da comida egípcia são as opções vegetarianas, até pela simplicidade e pelo custo de produzir. Então é uma fartura de saladas que enchem os olhos até de quem não gosta muito de verde, como eu.
Meus destaques vão para uma salada de iogurte, o tzaziki, de origem grega, que levava pepino, cebola e alho picados, vinagre, sal e pimenta a gosto, com tomatinhos opcionais, e era servida fria acompanhada de pão árabe feito na hora. Hummm…

É Fresca: Tudo é feito na hora, na maioria dos lugares. Então come-se tudo fresquinho.
E quanto mais simples o lugar, melhor. Por exemplo, estávamos acampando (sim, acampando) no deserto do Saara (yep, deserto!) e o nosso guia preparou o o café da manhã. Ele fez pão árabe na hora, na fogueira, e nos serviu com queijo de cabra e mel.
Isso enquanto assiste-se o nascer do sol. Precisa dizer mais?
É Calórica: Bom, mesmo com as saladas marcando presença no time low-carb dos cardápios, a comida egípcia é feita para alimentar um povo que trabalha muito e em tarefas pesadas e, portanto, tem que ter sustância para segurar tudo isso. E como carne é caro, os alimentos são feitos a base de feijão, grão de bico, frituras, pão, macarrão e arroz. Ás vezes, servidos todos juntos.
Mas, justiça seja feita: tiro o chapéu para o falafel, bolinho de feijão com legumes frito na hora para você, de comer rezando. E o arroz, servido com macarrão. Uma dupla de carboidratos servida no melhor estilo “unidos venceremos” – mas que, não sei explicar, era uma delícia.
Social: O país é muçulmano. Extremamente religioso. Então, bebidas alcóolicas são proibidas para os locais. Então, em substituição às nossas rodinhas de chopp para bater papo, um típico programa local egípcio é fazer uma fogueira (lembrando, é deserto e está frio à noite), ficar ao redor dela, acender um narguilé e fazer um chá, ali, no meio das brasas. Chá esse que, aliás, é servido a você em qualquer lugar: uma loja, um restaurante, até mesmo na rua, sempre tem alguém fazendo um chá fresco e servindo. É sinal de respeito e hospitalidade.
Experiência própria: noite fria e estupidamente estrelada + chá quentinho + fogueira + narguilé de frutas (não fumo, mas ali ele fazia parte da experiência) + músicas árabes cantadas ao vivo pelos locais = um deleite para todos os sentidos e a prova divina de que a felicidade da vida está nas coisas simples.
Destaque para os chás beduínos, servidos no deserto e excelentes acompanhantes de um bom narquilé de maçã, e para o chá de hibiscus, chamado de Karkadee no Egito, que pode ser servido quente ou frio – e é delicioso em ambos os casos.
É Doce: Cheguei a conclusão de que árabe adora coisa doce. Isso vale para as frutas (Tâmaras e damasco, que em si já são bastante doces, eram comumente servidas com mel ou chocolate), além dos doces em si, praticamente todos levando o tal sugar syrup (uma calda de açúcar) e mel (“e”, não “ou”).
E como produção de endorfinas e baixo índice glicêmico nunca vêm juntos, meus destaques vão para a Bakhlava, um doce de origem turca mas muito popular por lá, que é um doce folhado que leva mel, calda de açúcar e nozes (um êxtase gastronômico!) e uma compota de frutas, que nada mais é do que uma tigela de barro com frutas picadas (morango, uva, laranja, maçã), regada com calda de açúcar e levada ao forno. Forma-se aquela crostinha deliciosa na superfície. Aí você inocentemente tira do forno, derrama um pouco de mel por cima (mais?), acrescenta uma bola de sorvete de creme ao doce borbulhante e – oh! – come.
Adorei Clarissa! O pão arabe quentinho é bom demais né? Os primos do marido quando vem pra cá, adoram fazer. Eu fico contando os dias para poder visitar o Egito e enquanto isso vou curtindo os seus posts! 🙂
As fotos estão lindas!
Ah.. acabei de incluir seu blog lá no Aprendiz de Viajante. Como assim eu não tinha seu link por lá ainda! 🙂
Obrigada! Realmente, voltei de lá apaixonada por pão árabe quentinho (e eu que achava eles meio sem graça, antes!). Outra coisa é o queijo de cabra, voltei absolutamente apaixonada!
Faça os planos para conhecer o Egito sim (e é bom que enquanto isso as coisas vão se acalmando por lá!)!
Aliás, estou seguindo o seu conselho: organizando meu calendário de posts! Então em breve vai ter mais fotos de lá por aqui!
Luuuxo de post! Tô salivando. Essa gastronomia é demais mesmo! Bjs! 🙂
Ai que delícia! AMO comida árabe… acho que não consigo nem imaginar o gostinho daquele pão quente. *água na boca*
Essa viagem deve ter sido fantástica! Vou aguardar anciosamente os próximos posts!
Beijokas
Foi fantástica sim, Nina! Tô arrumando os posts agora (consegui arrumar tempo na minha vida!:)) e vou colocando aqui aos pouquinhos!
Bom… Eu sou vegetariana, não bebo e sou apaixonada por doces. Acho que o Egito seria meu paraíso gastronômico! 😉
Camila, seria sim! Olha, eu não sou nada vegetariana (na verdade, não sou nada adepta de legumes), mas lá eles têm uns temperos tão maravilhosos que eu repetia os pratos duas, 3 vezes. Com gosto, sabe?
Olha, não lembro de ter ido conhecer nenhum lugar cuja comida fosse ao mesmo tempo tão simples, tão gostosa e, principalmente – tão barata!
Delícia de post! Adorei e fiquei com mais vontade ainda de conhecer o Egito. Está na minha lista faz tempo, mas ainda vou demorar um pouco para conhecer. Bj
É, vou te falar… Acho que, principalmente agora, depois das confusões, seria melhor deixar a poeira baixar um pouquinho… Mas vale a pena conhecer sim! É surpreendente!
Nossa… com toda essa descricao, me deu ate fome agora! 🙂
Oi Clarissa!
adorei os relatos, estou indo p/ o Egito (Cairo- Aswan- Luxor) em setembro, não queria muito mas vou de excursão. Vc me daria umas dicas de uns restaurantes, onde comer… Obrigada, Ah e vc foi ao povoado de Núbia ou em Abu Simbel? Se for p/ escolher qual dos 2 iria? abçs
Oi, Louise! Posso te mandar algumas dicas sim, embora em termos de restaurante achei a comida em geral de lá muito boa! E, entre as duas opções de passeios, eu escolheria Abu Simbel sem pestanejar! É o templo mais impressionante do Egito!
Geralmente os tours contemplam os dois, até porque o povoado da Núbia leva uma tarde só, e Abu Simbel leva mais tempo porque é longe…
Em Aswan acho que se você optar por Abu Simbel e a ilha de Philae está de ótimo tamanho. Nesta última fica o templo de Ísis, e diz a história que a Cleópatra ia lá fazer oferendas à Deusa e pedir proteção.. 😉
Estou devendo posts completos de lá, o que estou organizando aos pouquinhos.. Prometo postar aqui o quanto antes! 😉
Em relação a comida, tem um post sobre isso, dá uma olhada aqui!