E rufem os tambores….

Já saiu o resultado do concurso cultural “Vamos bater um papo de viagem?”, valendo uma semana de hospedagem com acompanhante no Hostel Telstar e, de quebra, presença garantida no segundo lançamento do livro escrito pela autora deste blog que vos fala, o “Papo de viagem & Outras Histórias de Bar”, em co-autoria com o pessoal bacana no blog Jeguiando.

E, além de uma semana de hospedagem e  um abraço da gente, o vencedor ainda ganha um livro!

Foto do Livro Papo de Viagem & Outras histórias de bar

O que era preciso: contar para a gente a melhor história de viagem que você já contou para os seus amigos. E eu, a Janaína Calaça do Jeguiando e o pessoal do Hostelbookers, grande parceiro da gente nesta promoção,  escolheríamos o melhor.

Tarefa difícil, viu? Foram várias as histórias participantes: veja aqui, aqui e aqui!

Mas dessa vez, quem teve a história campeã foi a fofa Fabíola Sad! Paixonite, viagem, perrengue e comédia, tudo junto e misturado! Vejam só: 🙂

Ano passado, queria comemorar meu aniversário de 40 anos em grande estilo. Daí, a primeira coisa que me veio a cabeça foi: Caribe.

Queria comemorar em alguma praia maravilhosa, muito sol, com coquetéis coloridos, em alguma imensidão bem azul, bem ao estilo Ilha da Fantasia.
Comecei a reler antigas revistas do Boa Viagem, do O Globo e não achava nada. Mas, uma coisa me chamou atenção, nas contra-capas com promoções de pacotes havia sempre muita propaganda sobre San Andres, uma ilha no mar do Caribe colombiano.
Comecei a pesquisar e só lia maravilhas sobre o lugar, sobre as pessoas e não só sobre a beleza de San Andres, mas muita coisa boa sobre a Colombia também.
Enfim, fui para San Andres.
Passei lindos e memoráveis dias naquele lugar.
Mas, eis que chega o dia meu aniversario! O que eu queria mesmo era passar o dia em Old Providence, uma outra ilha pertinho de San Andres, onde faria só um bate-volta.
No dia anterior, fui no aeroporto batalhar minha passagem e nada! Nao tinha! Ai que tristeza…
De repente, alguns funcionários do aeroporto me viram tão triste e tão empenhada a ir que um deles resolveu me levar até uma agência para conseguir o pacote bate-volte (passagens de ida e volta e um tour de barco em volta da ilha). E lá foi, a maluca de carona na moto de um dos funcionários do aeroporto, um cara que nunca vi na vida. E não é que consegui?
No dia seguinte, às 6:30 da manhã, estava eu lá no aeroporto esperando começar minha pequena aventura.
Na hora de embarcar, era um teco-teco!
Comecei a me arrepender mas entrei. De repente, uns galos começaram a gritar dentro da tal avioneta e aí pensei de novo: Vou descer! Que lugar é esse que eu tô me metendo? Um teco-teco com galos dentro e um calor. E, tudo de ruim começou a pesar.
Mas aí, pensei. O que? Desistir! agora que já paguei uma pequena fortuna para apenas UM dia? Nananananão! Eu vou.
E, lá fomos nós. Eu, a avioneta calorenta e os malditos galos gritando naquele vôo de 15 minutos que parecia in-ter-mi-ná-vel.
Quase chegando, quando avistei uns morros e tal, olhei pra baixo e simplesmente fiquei encantada com todos aqueles tons de azul, verde e sei lá mais quantas cores tinha aquele mar…
Lembra quando eu que queria como na Ilha da Fantasia? Então, só faltava o Sr. Roaker e o Tattoo.
Finalmente, cheguei no lugar onde sairia o tour, onde uma mulher muito simpática me recepcionou e mostrou as casas que tinha bem ao lado, me deu seus contatos e disse que o dia que eu quisesse, era só ligar para alugar. Pensei, vou guardar por educação porque a verdade é nunca mais voltarei nesse lugar.
Quando o barco chegou… Ferrou minha vida! Me apaixonei pelo barqueiro na hora que ele pegou minha mão pra entrar.
Fiz meu tour em volta da ilha e durante o tour ficamos juntos e tal.
No fim do dia, na hora de voltar para San Andres, ele (o barqueiro) vira e diz: vc precisa voltar. Eu disse: não posso, fiz um roteiro e preciso segui-lo. Ele: ano que vem, então. Eu: Não posso também, stou planejando outro país, preciso conhecer o mundo, não posso ficar repetindo lugares.
Enfim, fui embora.
Resumindo: me apaixonei! Me apaixonei por ele, pelo lugar, pelas pessoas, pela calmaria e pelo NA-DA que lá tem de sobra.
Quando voltava para San Andres naquele fim de tarde, dentro daquela avioneta velha e toda remendada, senti um aperto no peito e uma enorme tristeza. E, durante aqueles outros interminaveis 15 minutos de vôo de volta pensei, preciso voltar.
Cheguei no aeroporto e não tinha passagem para o dia seguinte. Mas, como o pessoal do aeroporto e eu nos tornamos amigos, disseram pra eu voltar às 5:00 manhã do dia seguinte porque caso houvesse desistência ou o vôo não ficasse completo (uma certa quantidade de assentos já fica reservado para os isleños) eu seria a primeira a estar na espera.
No dia seguinte, às 4:30 da manhã, estava eu lá, aguardando ansiosamente com uma pequena esperança em ter um lugarzinho naquela avioneta remendada, houvesse galos ou não. Consegui.
Lembra do papelzinho? Sorte eu não ter jogado fora aquele pequeno papel com o contato da dona da casa para alugar que guardei apenas por educação. Aluguei a casinha de madeira de frente pro mar e assim passei os 2 meses mais felizes da minha vida.
Já voltei esse ano e voltarei em breve novamente pela 4a vez.
O barqueiro? Vai bem, obrigada. Tá lá me esperando. Continuamos juntos e um dia quem sabe paro de ir e voltar e fico de vez?
Bom, essa é minha história.
Espero que gostem.

 

Fabi, parabéns! Pela história, pelo prêmio, por tudo! Entraremos em contato com você já já! Bora dar um abraço na gente em Sampa???

Mas lembramos que, conforme as regras do concurso (descritas aqui), caso o vencedor esteja impossibilitado de aceitar o prêmio por algum motivo, será indicado um segundo lugar.

E quem quiser saber quais foram as outras histórias que participaram do concurso, veja só os textos publicados na página do blog da Hostelbookers em Português e do Jeguiando!

A todos que participaram, nós agradecemos e convidamos a encontrar conosco no lançamento do livro em Sampa, no dia 22 de abril, às 19 horas, no Hostel Telstar: Rua Capitão Cavalcanti, 177 – Vila Mariana – São Paulo.

Hostel Telstar
Exposição dentro do albergue Telstar. Crédito da Foto: Divulgação.
Fachada do Hostel Telstar. Crédito: Divulgação do albergue.
Fachada do Hostel Telstar. Crédito: Divulgação do albergue.

E quem não pode ir, mas também quer ler mais histórias de viagem, pode comprar nosso livro aqui: www.papodeviagem.net.br. Compra pela internet, ambiente seguro, entrega em casa… tudo de bom!

Aliás, bom mesmo: boas viagens e risadas a todos! 🙂

 

 

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Clarissa Donda
Sou jornalista e escritora. Eu criei esse blog como um hobby: a idéia era escrever sobre minhas viagens para não morrer de tédio durante a recuperação de um acidente de carro. Acabou que tanto o blog quanto as viagens mudaram a minha vida (várias vezes, aliás). Por isso, hoje eu escrevo para ajudar outras pessoas a encontrarem as viagens que vão inspirar elas também.

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