Uma das vantagens do planejamento da nossa Rota do Vinho Verde foi o fato de que ela foi feita totalmente por nossa conta. Claro, pedimos algumas parcerias aqui e ali para nos ajudar a manter os custos no controle (e que foram devidamente pontuadas em cada post), mas o fato de toda a programação ter sido decidida pela gente nos deu uma liberdade enorme de escolher onde gostaríamos de visitar.

E o melhor, podíamos ajustar as visitas e incluir as quintas e vinícolas que fossem recomendadas aos poucos. Isso nos deu uma liberdade enorme de roteiro, de foco no que queríamos e de pesquisa – visitamos apenas as vinícolas espetaculares recomendadas por outros produtores de vinhos igualmente espetaculares.

Foi o caso da Quinta do Ameal, em Ponte Lima. O nome primeiro pipocou em nossa lista como uma recomendação enfática (leia-se “os vinhos são sensacionais, vocês têm que ir”). Por causa disso, programamos um dia interinho para visitar Ponte de Lima (que já sabíamos que era uma cidade-fofura) e a quinta.

Posso dizer, sem exageros, que foi um dos pontos altos do passeio. ?

Esse é um dos reviews mais queridos desta série, porque a Quinta do Ameal foi verdadeiramente apaixonante para mim, tanto em vinho quanto como experiência de hotel. Para quem vai fazer a Rota do Vinho Verde, é um ponto alto (e obrigatório).

Chegando na Quinta do Ameal – um amor de lugar!

A Quinta do Ameal fica a alguns minutos de estrada do centrinho de Ponte de Lima – vale a pena, por exemplo, pensar em se montar base nela para idas rápidas a Ponte de Lima ou até a Monção, mais ao norte (ao invés de ficar em Melgaço, como fizemos) ou combinar a visita em um dia dedicado a Ponte de Lima. Nós fizemos essa segunda opção,  mas eu super recomendaria a hospedagem por lá – e explico o porquê mais abaixo.

Não pode chegar chegando: as visitas tem que ser agendadas, e o Pedro, proprietário Da Quinta e produtor de vinhos, é bem gentil – uma dica é contatá-lo antes de chegar, por telefone, para que ele possa dar as orientações direitinho de como chegar. A Quinta fica próxima, mas meio escondidinha da estrada principal (dica: coloque as coordenadas no GPS).

E bastou a gente chegar no portal da propriedade para sabermos que estávamos entrando numa quinta lindíssima.?

Aliás, esse foi um aprendizado particular da nossa viagem: toda vez que a gente se embrenhava em cantinhos minúsculos rurais era um sinal de que a quinta/hotel em que a gente pararia era absolutamente maravilhosa. Tiro e queda.

A Quinta do Ameal fica numa propriedade enorme, mas a estradinha de chegada leva à casa principal – que, aliás, é o que interessa, porque ela é um charme só: coberta de heras e com uma vista de morrer de amores!

Nota: eu fui em outubro, no outono. Um lado muito negativo dessa época é a chuva – não tinha um dia em que eu não ficasse verdadeiramente ensopada. Mas por outro lado, as cores da estrada – e dessa quinta em especial – eram paixão pura. ??

Aqui, antes de seguir falando do hotel, vale a pena falar um pouco da história do Pedro Araújo, o homem por trás da idéia: ele é da família Ramos Pinto e bisneto do fundador da empresa, a mesma dos consagrados vinhos do Porto. Portanto, no que se refere a bons vinhos, ele sabe exatamente do que está falando.

Com a família toda no negócio do vinho do Porto, o Pedro decidiu ir por um caminho diferente – e, como ele mesmo diz, “eu quero ser um produtor de grandes vinhos brancos”. Levou a sério o projeto e, depois de muito estudo, comprou uma propriedade próximo a Ponte de Lima e às margens do Rio Lima – o melhor local para a produção das uvas Loureiro, a mais aromática das uvas brancas portuguesas (Veja um infográfico sobre as uvas portuguesas aqui).

Lugar lindo, produção séria. A Quinta do Ameal começou sua produção de vinhos brancos (e vinhos brancos verdes) e pouco depois depois colheria seus frutos: já tem rótulos muito bem pontuados por críticos como Robert Parker e já figura nos menus mais caros de restaurantes de Nova York e Londres. Pronto: com a meta de conquistar seu espaço com vinhos de qualidade bem encaminhada, foi só recentemente que o Pedro pôde começar a se dedicar a receber pessoas em sua propriedade.

 

Como é a experiência de hospedagem da Quinta do Ameal

Fomos recebidas pelo próprio Pedro, o que fez toda a diferença na recepção (por favor, não deixem de agendar com ele quando forem). A Quinta do Ameal, mais que um negócio, é quase que uma parte da casa dele, e essa é a sensação que se tem tempo todo: que estamos super à vontade, quase em casa – mas uma casa linda e impecavelmente aconchegante.

Sala de convivência da Quinta do Ameal. Uma delícia para se ficar – e curtir um vinhozinho no frio!

 

Também foi ali, na Quinta do Ameal, que eu tive uma das melhores lições sobre prestação de serviços. Nas palavras do Pedro:

“O meu avô tinha um trono de verdade na Ramos Pinto. E toda vez que ele recebia um cliente, ele o levava até o trono e o fazia literalmente sentar lá. ‘O cliente é nosso rei’, ele dizia, e atendia os clientes como tal.

eu cresci vendo isso, e é assim que eu aprendi a conduzir o meu negócio e a tratar os meus hóspedes”.

Achei isso uma imagem poderosa. E como uma pessoa que, antes de ser blogueira, trabalhava com marketing, serviços e todo esse blablablá, fiquei pensando em quanto um gesto – sentar um cliente no trono – pode dizer tanto sobre a postura de uma empresa, mais do que qualquer código de conduta e mil regras de treinamento sobre excelência de serviços. 

Acho que eu talvez nunca consiga traduzir tudo o que significou essa viagem a Portugal: eu fui ter com com os portugueses para aprender sobre vinhos verdes e acabei aprendendo sobre a vida. 

Na prática, foi isso o que eu percebi em cada detalhe da hospedagem na Quinta do Ameal: as dependências da hospedagem fazem a gente se sentir como rainhas mesmo. Fora, ainda, que todas as vistas são absolutamente apaixonantes.

 

OS QUARTOS

São cinco quartos disponíveis para hospedagem, sendo dois num chalé separado (e mais privativo) e três na Casa Principal. Todos os quartos tem capacidade para duas pessoas, mas o chalé é indicado para quem vai com família (quatro pessoas no máximo): filhos ou dois casais de amigos, por exemplo.

Nós visitamos as três suítes da casa principal: Suíte Glicínia, suíte Jardim e Suíte Camélia.

Sala de estar da Suíte Glicínia

A Suíte Glicínia e Camélia possuem dois andares, e todas as três possuem banheira. Todo o mobiliário é feito com madeirade demolição – e tem um ar super chamoso e intimista!

Suíte Jardim: Extremamente aconchegante e conta com um jardimzinho separado. Repare na banheira com uma “biblioteca” do lado!

Suíte Jardim

Suíte Jardim

Agora, o que eu particularmente achei um charme: na suíte Camélia há um chuveiro do lado de fora, em que você toma banho ao ar livre (mas com toda a privacidade, claro, ninguém te vê! Imagino que isso é uma delícia no verão!).

Chuveiro ao ar livre da Suíte Camélia

(Mas se isso for intimidade demais para você, tem uma banheira do lado de dentro do quarto também! E as dependências são igualmente charmosas!).

Não cheguei a ir nos quartos do chalé porque estavam ocupados, mas a proposta de decoração é a mesma: intimista e de muito bom gosto.

Todas as suítes contam com uma copa, estacionamento e wifi gratuito. O café da manhã é incluído e servido na sala de convivência (aberto a todos).

Sala de convivência

E outra delícia à disposição dos hóspedes é a piscina – além do rio ali perto e de diversas trilhas para fazer caminhadas e cavalgadas.

COMO É A COMIDA

A Quinta do Ameal não tem almoço e jantar incluído na diária, mas pode preparar a pedido dos hóspedes – ou indicar alguns dos restaurantes da redondeza, já que há alguns excelentes nos arredores de Ponte de Lima.

Outra coisa que é possível agendar com o Pedro é um piquenique em meio às vinhas (suuuuuuuuuuuuper romântico num dia de sol). Eles preparam a cesta com pães, azeites, queijos e presuntos artesanais (eles chamam que fumeiros), frutas. E, claro, vinhos! 🙂

Restaurantes nas redondezas (precisa do carro para ir e voltar):

  • Petiscas: Super bem recomendado por algumas pessoas locais e pelo Trip Advisor, fica no Largo da Alegria – Arcozelo. Telefone: +351 964 514 947.
  • A Carvalheira: Nós fomos nesse. Pedimos um sarrabulho, prato típico da região (particularmente eu não gostei porque acho o tempero um pouco pesado, eles usam muitos cominhos). Mas o sucesso da casa é o bacalhau e o cabrito assado, que não experimentamos, e os doces regionais – eu provei o Abade de Priscos deles e amei! Rua Do Eido Velho, Ponte de Lima. Telefone +351 258 742 316 (é bom fazer reserva porque lota).

 

E, claro, os vinhos!

Mas vamos que vamos, que nós fomos até lá primeiramente por causa dos vinhos, certo?

Pois bem: como disse o Pedro, “eu quero ser um grande produtor de vinhos brancos” – e sua aposta era usar a casta (uva) Loureiro para isso, que é a mais aromática das uvas portuguesas, e a região de Lima é exatamente a zona demarcada onde essa uva se desenvolve melhor.

Mas havia um desafio nisso aí: há alguns anos (afinal, produzir vinho é algo que leva tempo), a uva Loureiro era mais utilizada quando combinada com o Alvarinho para a produção de vinhos verdes (explico tudo sobre o que é vinho verde aqui) e vinhos tendo apenas a Loureiro como uva principal não eram muito explorados – e consequentemente, vistos como vinhos complexos e com alto valor de mercado.

Por isso, mais do que simplesmente produzir vinhos, a Quinta do Ameal tinha que mudar paradigmas – o que é sempre um trabalho mais difícil- E talvez por terem conseguido isso é que todos os grandes entendedores de vinhos com quem conversamos na hora de montar esse roteiro recomendaram que passássemos por aqui.

Quatro vinhos se destacam na produção da Quinta do Ameal: Solo, Escolha, Loureiro e Special Harvest.

Eis uma fotinho poética dos três vinhos que experimentamos – Solo, Escolha e Loureiro – tirada na sacada fofa do Ameal.

A Quinta do Ameal não oferece uma visita guiada às suas instalações de produção de vinho propriamente ditas – do tipo que você tem que pagar um preço certo, com certa duração e incluindo X degustações ao final. Tudo é agendado e acordado na hora com o Pedro, que vai fazer o possível para proporcionar a melhor experiência possível (lembra do lance do cliente ser o rei?). De qualquer forma, ao agendar uma visita à Quinta do Ameal, o Pedro acompanha o cliente às instalações de produção do vinho, feitas numa construção bem próximo à Casa Principal (e com um portão altamente fotogênico).

“Há uma expressão dos espanhos que é algo como ‘deixe de maricadas’ (deixar de frescuras)”, completou Pedro. “Eles usam isso para coisas com muitas frescuras. Pois bem, eu não sou um produtor cheio de frescurices. Não tenho galpões enormes nem diversos equipamentos mirabolantes. Nosso foco é usar uvas de primeira qualidade, e nos focamos no processo. Essas são as máquinas que usamos – todas de primeira – e esses são os barris de carvalho francês onde envelhecemos os nossos vinhos. Nós acompanhamos todo o processo pessoalmente – é um trabalho como de um chef.”

O envelhecimento em barris de carvalho, aliás, merece destaque: por muito tempo acreditava-se que vinhos brancos da uva Loureiro (e vinhos verdes, por consequência) não envelheciam em carvalho e eram de consumo rápido. A Quinta do Ameal, junto com a Soalheiro, foi uma das grandes responsáveis por quebrar esse paradigma e apresentar vinhos complexos e longevos com envelhecimento em barris de madeira – e foram essas duas empresas que começaram a puxar os preços dos vinhos verdes para cima.

A visita é curtinha na parte de produção de vinhos – e logo voltamos à casa principal para experimentar os vinhos (caso você queira experimentar os vinhos é preciso acertar com o Pedro a quais rótulos você deseja, e o valor é acordado na hora).

Nossos “tronos” de clientes onde degustávamos os vinhos!

Nossas impressões sobre os três vinhos que experimentamos:

  • Loureiro 2014: Nós experimentamos o Loureiro 2014, que recebeu 92 pontos pelo Robert Parker (a safra de 2015 recebeu 95 pontos, aliás).
  • Escolha 2014: Particularmente o meu preferido, é o que envelhece por 6 meses em barris de carvalho francês usados, o que dá a ele uma complexidade maior e mais interessante. Muito frutado, muito interessante!
  • Solo: Segundo o Pedro, “é uma homenagem que fizemos à terra”. Os vinhos são feitos com uvas que não receberam nenhum aditivo, adubo ou fertilizantes – as uvas são cultivadas organicamente, e a composição do vinho é a mais natural possível, sem pouquíssima interferência. Por isso, talvez, o Solo seja o vinho com maior mineralidade (por causa do solo naturalmente granítico da região) e o mais próximo à terra. É muito bom, e uma excelente criação da casa.

Há também o Special Harvest, que não experimentamos, mas que está muito bem cotado (e caro) entre os críticos.

Em tempo: quando fomos lá, o Pedro estava montando uma loja dentro da Quinta, onde os hóspedes poderiam comprar direto do produtor os vinhos que desejem, bem como geléias, queijos e presuntos produzidos artesanalmente na região.

E esta é a relação das pontuações dos vinhos da casa pelo Robert Parker, um dos mais reconhecidos críticos de vinhos atualmente.

Mas tem a pergunta que não quer calar…

“Tá, a Quinta do Ameal produz vinhos brancos. E os vinhos verdes?”

Acontece que aqui na Quinta do Ameal o que pegou foi a terminologia. Segundo o próprio Pedro nos explicou, “por muitos anos a palavra vinho verde ficou associada a vinhos baratos, de produção simples. Por causa disso, dificilmente um vinho verde iria atingir a mesma faixa de preço que um bom vinho do Porto ou um tinto. E a minha proposta é produzir vinhos topo de gama – só que o preço cobrado por um vinho verde topo de gama não é o mesmo de um topo de gama branco ou tinto”.

O problema comercial foi resolvido focando-se nos vinhos brancos – ou “grandes brancos”, como o Pedro repetidamente afirmava. Mas esses vinhos brancos são verdes também?

“Se você me perguntar se eu tenho vinhos verdes, a resposta é sim”, disse ele, pegando uma garrafa de Loureiro 2014. “Eu produzo vinhos com uvas Loureiro, uma casta registrada para vinhos verdes, e produzo as uvas no terroir mais adequado para essa casta. O vinho é produzido na zona demarcada dos Vinhos Verdes, e portanto está autorizado a levar a denominação ‘vinho verde’ no rótulo”.

A sutileza, pelo que eu entendia, estava na filosofia das próprias quintas: enquanto a Quinta do Soalheiro busca fazer excelentes vinhos explorando as diversas características do vinho verde e da uva Alvarinho, a Quinta do Ameal se preocupa em fazer grandes vinhos brancos – que, por acaso, calham de ter as características dos vinhos verdes em alguns dos rótulos também. Mas o ponto em comum das duas é o mesmo: produzir bons vinhos, e ponto.

E cá para nós: quando se está com uma taça na mão de um excelente vinho, num lugar belíssimo e cercado por boas conversas, nem combina perder tempo preocupando-se com nomenclaturas, né? 🙂

 

Resumo: como recomendaríamos incluir a Quinta do Ameal na sua Rota do Vinho Verde

 

Para quem vai fazer a Rota do Vinho Verde toda, passando por Melgaço

A vantagem da Quinta do Ameal é que fica pertinho de Ponte de Lima, que é um bom meio do caminho entre Melgaço e Monção (onde ficam a Quinta do Soalheiro e o Palácio da Brejoeira, duas excelentes referências em vinho verde) e Guimarães e Braga, por exemplo.

O que nós fizemos: Como explicamos aqui, nós nos hospedamos em Melgaço por duas noites, na Casa das Pesqueiras (maravilhoso!!!!), e de lá montamos base para explorar os arredores de Melgaço, ir à Monção e a Ponte de Lima. Posso dizer que isso funcionou muito bem nso deslocamentos a Monção e Melgaço, mas esticar de Melgaço até Ponte de Lima e voltar no mesmo dia ficou meio cansativo: foi 1 hora dirigindo pela estrada. Veja bem, não foi o tempo de direção pela estrada que cansou, mas o conjunto da obra: estava chovendo bastante, a pista estava super escorregadia (era outubro, e chove MUITO nessa época do ano), já estava de noite quando voltamos, a gente tinha passado o dia inteiro de lá para cá visitando as quintas, anotando e escrevendo; e, claro, tínhamos provado os vinhos. Ou seja, hoje eu continuo reforçando que valeu a pena começar em Melgaço… mas eu faria um pouco diferente em relação à Ponte de Lima.

O que eu faria se fosse de novo: Manteria a parte de me hospedar em Melgaço por dois dias para explorar as quintas de lá e de Monção, e depois me hospedaria na Quinta do Ameal (por dois dias também – pense que essa Rota do Vinho Verde é altamente gastronômica e, portanto, é para ser degustada devagar – especialmente nos lugares em que valem a pena). Duas diárias na Quinta do Ameal dão conta do recado: dá para aproveitar a quinta com calma (e com muita comida) e ainda explorar os arredores como Ponte de Lima (que é uma cidade gracinha e facilmente explorável em uma tarde) ou ir até Viana do Castelo, no Litoral (30 minutinhos de carro). Ou até Braga (36 minutos de carro). Nota: eu recomendaria isso especialmente para casais – a Quinta do Ameal é estupidamente romântica, e entrou lindamente na minha lista de lugares para voltar lá com meu marido, sem ser a trabalho! 🙂

O que eu acho bom avisar: As estradas de Portugal são muito boas e bem sinalizadas, mas não tem muita iluminação à noite – e chove bastante em algumas épocas do ano. Fui em Outubro, por 1 semana, e só teve dois dias em que não peguei chuva. A pista ficava um verdadeiro sabão, e isso exigia bastante atenção durante os deslocamentos, o que nos deixava exaustas no final do dia (como foi uma viagem a trabalho, ficamos boa parte do tempo de lá para cá, de quinta em quinta).

Estrada entre Melgaço e Monção, em direção a Ponte de Lima. A pista é bem direitinha e a sinalização também, mas repare que é uma pista só (e tem muito caminhão na estrada) e não tem muita iluminação, o que torna as viagem à noite mais atentas.

Isso, somado com um vinho aqui e ali, não foi legal. Por isso, recomendo quebrar a viagem em mais paradas se a sua idéia é realmente curtir as quintas, sem pressa. Sua experiência final vai ser muito mais interessante!

Dá para ir à Quinta do Ameal do Porto? Dá, é uma hora e pouco pela estrada. Mas é maldade fazer um bate e volta: tanto a Quinta do Ameal quanto Ponte de Lima merecem mais tempo.

 

Observação importante: nós não nos hospedamos na Quinta do Ameal, apenas fomos lá para conhecer os vinhos – mas ao fazer isso atiramos no que vimos e acertamos também o que não vimos: uma hospedagem de primeira. De modo que fica aqui a recomendação – e  se se hospedar lá, me conte como foi por favor! 🙂 Se tem uma coisa que essa viagem me deu foi vontade de voltar de novo em alguns lugares, só que de férias e com marido e amigos a tiracolo, e certamente a Quinta do Ameal é um ponto alto nesse sentido!

Esta viagem faz parte de um projeto chamado “Descobrimento às Avessas” que eu criei, em conjunto com a blogger portuguesa Sara Riobom, do blog Portoalities. Nossa idéia era desvendar um roteiro prático sobre a rota portuguesa dos vinhos verdes, anotando todas as melhores vinícolas, restaurantes e experiências para podermos escrever, cada uma em nossos blogs, um roteiro completo da Rota do Vinho Verde.

Por isso, a visita à Quinta do Ameal e a todas as vinícolas deste projeto foi fruto de uma parceria feita diretamente com este empreendimento. Escolhemos cada um destes locais da rota porque eles se encaixavam nos requisitos que tínhamos para um roteiro de descobrimento português – queríamos o Portugal dos cantinhos escondidos, dos pequenos produtores, dos excelentes vinhos e das experiências intimistas, e todas as parcerias foram uma consequência desta busca, e não o contrário. Por isso, deixo claro que apesar de termos recebido apoio nesta visita, todas as opiniões e preferências descritas ao longo dos posts foram fruto de opiniões genuínas da autora – são estes os princípios que norteiam todo esse blog e serão também a  base de todos os próximos posts sobre a série “descobrimento às avessas”.

Comments

1 COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor escreva o seu comentário! :)
Por favor escreva seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.