Em geral, a maioria das pessoas que viajam para a Islândia reservam apenas um dia – não raro, algumas horas – na capital Reykjavik. Stopovers curtos, road trips datas apertadas e diárias de hotel que custam o equivalente a um ano de escola em alguns países contribuem para isso.

Eu fiquei na cidade um pouco mais do que algumas horas: 6 dias para ser mais exata, e parte desse motivo foi que viagem com minha equipe do trabalho para lá, e Reykjavik foi a nossa base de pequenos bate-voltas pelo sul do país, bem como endereço de várias reuniões e brainstormings (e, bem, festas).

Aviso: você não precisa ficar esse tempo todo na cidade, especialmente quando há uma Islândia inteira lindona esperando para ser conhecida. Mas vale a pena reservar pelo menos um dia e meio só para Reykjavik – ter ficado lá por 6 dias me permitiu descobrí-la aos poucos e sem pressa, não só para saber informações técnicas do tipo o que fazer em Reykjavik, mas também decifrar tudo que a capital, na prática, explica sobre o país.

E a melhor forma de eu explicar isso é propondo uma tese do tipo “choca, sociedade”… 🙂

E se eu dissesse que Reykjavik é a Paris do século XXI?

Bem, antes que você revire os olhos e grite “miga, sua loca”, me dá uma chance e tenta seguir o raciocínio comigo. Até porque quem propôs essa comparação não fui eu: eu li no livro “A Geografia da Felicidade”, de um americano chamado Eric Weiner, (e que recomendo para todo apaixonado por boas viagens, leituras cabeça e sacadas profundas).

A idéia é louca, mas faz sentido, e vou tentar transcrever aqui. Segundo o livro, o mundo ocidental presenciou uma série de “Anos Dourados” ao longo da História: décadas e cidades específicas que floresceram nas artes e que, de certa forma, impactaram todo o mundo nos séculos seguintes: a Atenas da Antiguidade; a Londres Elizabetana, do teatro e de Shakespeare; a Florença renascentista; a Paris dos pintores; a Seattle do final do século XX. Segundo ele, esses períodos de explosões culturais em cidades nunca duraram por muito tempo, mas guardam consigo uma série de peculiaridades e características que tornaram essa explosão criativa possível.

Reykjavik seria então uma nova Paris? Segundo o autor, não precisamos chegar a tanto, mas podemos notar algumas semelhanças entre a capital islandesa de hoje e a Florença renascentista ou a Paris dourada daqueles tempos: poucos habitantes, não há uma elite criativa e, na época, a arte era criada e apreciada por todos. Mas o principal seria uma espécie de “ausência de inveja”, sentimento que era comum na Paris artística de 1900 e na Reykjavik de hoje: na prática, isso quer dizer que como não há uma elite criativa ou financeira, todo mundo cria arte do seu próprio jeito, do seu próprio bolso e com os recursos que tem à mão – e se algum artista lança uma tendência ou inovação, ela é imediatamente divulgada para todos e pode ser livremente incorporada no trabalho de outras pessoas. Como o próprio autor coloca, “é como se os artistas da Paris do início do século XX acreditassem em software de código aberto”.

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Mas não há competição? Há, sim, mas no sentido original da palavra: “competir” vem do Latim competere, que quer dizer “buscar alcançar um objetivo juntos”.

Isso, somado a uma filosofia de felicidade baseada no fracasso (e que funciona!!), gerou o seguinte resultado na Islândia: o país tem hoje a maior média de escritores por habitante do mundo (há um ditado que diz que todo islandês já escreveu, está escrevendo ou vai escrever um livro) e Reykjavik ganhou da Unesco o título de Cidade Criativa do Mundo, em literatura. Mas a criatividade transcende os livros: Reykjavik transpira arte nas pinturas, na rua, na música (há também uma máxima que diz que quase todo mundo em Reykjavik toca pelo menos dois instrumentos e já fez parte de pelo menos uma banda), na arquitetura, no aproveitamento sustentável de energia…

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Mas resumindo: esse blablablá todo é para tentar explicar Reykjavik sob uma ótica diferente, e convencer você a curtir alguns dias nela sem encará-la apenas como um ponto de chegada e saída na Islândia – pelo contrário, ficar na cidade por mais de 12 horas significa tentar pescar ali a mentalidade que explica muito o país. Fica o aviso, porém: não espere ter a mesma experiência criativa grandiosa e óbvia de Paris. Reykjavik, nesse ponto, é bem islandesa: é uma das menores capitais da Europa, não tem pretensões de cidade grande e está totalmente confortável com esse seu papel no mundo. A explosão de criatividade e inovação acontece dentro desse espectro – e é brilhante, minimalista e apaixonantemente prafrentex.

Sei lá, até nisso: sabe aquela visão romântica e artística de “Meia Noite em Paris”, etc? Pois é: se fosse filmado na Islândia, a meia noite teria um sol lindão (ou uma aurora boreal alucinante), mó vibe legal, música boa, e Reykjavik seria aquele cara que chega de boa, todo estilão e todo na dele, e quando você vê a paixão já chegou toda toda. Arrebatou. Já era.

É ou não muito século XXI isso? 🙂

Quantos dias ficar e o que visitar primeiro?

Vamos lá: eu sugeriria deixar pelo menos um dia e meio para verdadeiramente curtir Reykjavik. Ou dois dias – que seria o ideal para fazer tudo sem pressa.

Assim, você poderia dedicar um dia para curtir as atrações e bater perna pela cidade (o que significa fazer exatamente o roteiro deste post) no primeiro dia, e ainda esticar para conhecer a noite de Reykjavik. Assim, se você tiver dois dias na manga, você pode deixar a manhã do segundo para acordar com calma, descansar e curtir o Blue Lagoon de tarde, por exemplo! 🙂

Ou, ainda, você pode montar sua base em Reykjavik e ir explorando o sul do país de carro em alguns bate-e-voltas, como eu fiz e expliquei aqui.

Eis três atrações propriamente ditas que eu super sugeriria para você visitar no primeiro dia por lá:

 

HARPA CONCERT HALL

Fica ao lado do porto de Reykjavik e a uma caminhada curtíssima do centrinho borbulhante. Vale a visita, por dentro e por fora: é um centro de concertos de música e a arquitetura por si só já é super futurista, criada por artistas dinamarqueses e islandeses. É um “must visit” por quem é apaixonado por design e arquitetura: é composto por vários painéis geométricos de vidro, e o interior parece saído de algum lugar super futurista. É bem legal para tirar fotos! 🙂

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A entrada é gratuita, embora os eventos que aconteçam lá dentro tenham obviamente um preço à parte. Quando eu fui, estava rolando um comedy show em inglês (pago) e uma exibição de fotos de natureza (gratuita) espetaculares.

IMPORTANTE: é lá que acontece o Sonár Reykjavik, que já tem datas marcadas para os dias 16 a 18 de fevereiro de 2017.

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Além disso, há um café, uma pequena lojinha de souvenirs e vários bancos para apreciar a vista, conversar, ler um livro. Quando eu fui estava chovendo cântaros, de modo que ficar uns minutinhos ali e curtir o visual, o café ou a vista foi uma boa pedida.

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MUSEUS

Dois museus, em especial, valem a visita. São o Museu de Fotografia e o Reykjavik Art Museum que, notícia boa, ficam um ao lado do outro e bem próximos ao Harpa. São cheios de exposições temporárias e permanentes, e sempre contam com amplos espaços dedicados aos artistas islandeses. São despretensiosos e super cabeça aberta.

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Mas, claro, se ver quadro e fotografia é muito insosso e você quiser algo mais… hã, diferente, há também o The Icelandic Phallological Museum, o único museu no mundo totalmente dedicado ao… pênis, com mais mais de 200 exemplares do dito cujo de diferentes espécimes, inclusive do homem. Eu confesso que não fui, e quem foi disse que não é assim “oh meu deus, mudou minha vida”… Mas é o tipo do lugar que é legal ir só para contar para os amigos depois onde você esteve…

IGREJA HALLGRÍMSKIRKJA

Fica esquisito falar de igreja logo depois de um museu dedicado ao dito cujo, né? Mas na Islândia é assim mesmo: tudo é com muita naturalidade… ????

A Hallgrímskirkja merece a visita por vários motivos. Primeiro, porque ela tem esse design super diferentão, que por si só já garante uma foto fantástica. O layout é inspirado num vulcão, e essas abas laterais representariam a lava escorrendo.

Religiosidade combinada com representações da mãe-natureza: basta conhecer um pouquinho da filosofia deles para ver que não tem nada mais islandês que isso…

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Segundo, porque ela fica no ponto mais alto da cidade, e do topo dela (cuja visita pode ser feita mediante uma simbólica taxa de ISK 900, ou o equivalente a um pouco mais de 7 euros) é possível ver toda a cidade. A vista é linda.

E, principalmente, porque o interior dela é bastante interessante –  a começar pela pia batismal, que é feita de uma pedra de cristal de quartzo puro. E se você estiver por lá próximo a uma apresentação de música (seja coral ou órgão), considere perder uns minutinhos lá – a acústica da igreja é fantástica.

Depois, vá batendo perna…

Há uma frase em Reykjavik que diz que “se algo leva mais do que 10 minutos de caminhada, é porque não vale a pena ser visto”. Embora isso só valha para a capital (viajar pela Islândia requer um bom tempo dirigindo pela estrada, e todos os destinos valem cada segundo de viagem!) e, bem, tenha uma certa dose de exagero nisso, o lado positivo disso é que o centrinho de Reykjavik é intimista – e, porque não, bastante winter friendly, já que no inverno o frio faz com que a gente não queira ficar andando pela rua o tempo todo.

E se o que torna Reykjavik a capital da cultura é o fato de todo mundo ali fazer e consumir arte, bater perna pela cidade é a melhor forma de entrar em contato com essa efervescência toda.

Então, faça isso – e de preferência com uma câmera na mão, para sair fotografando tudo. Um bom ponto para começar a caminhada é a Hallgrímskirkja, que fica no ponto alto da cidade e que tem uma das melhores vistas. Dali, é só ir descendo e se perdendo pelas ruas!

E tome três dicas do que ficar de olho pela cidade:

 

Door Porn

Você é desses que tem obsessão por fotos de portas fofuchas para povoar no seu Instagram? Então Reykjavik é o seu paraíso, cheia de combinações casas coloridas + street art = portas fofas.

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Street Art

Se você gosta de street-art, esbalde-se. Desde que o governo islandês relaxou quase que completamente sua política contra grafittis de rua, os muros e paredes de Reykjavik se encheram de cores e desenhos. A maioria das artes são até comissionadas, hoje, pelos próprios habitantes, e boa parcela das artistas são mulheres – ao contrário da maioria das outras cidades da Europa em que os street-artist são majoritariamente homens.

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Lojas

Com as lojas acontece algo parecido: não raro, o estilo da loja transborda os produtos vendidos e a vitrine, invadindo também as calçadas, o muro, as escadas. E tome mais street-art: grafittis são encomendados nesses casos e compõem o estilo da loja. Para olhar e curtir por dentro e por fora. 🙂

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Fora que, muito mais do que as vitrines, as próprias lojas eram mesmo interessantes: roupas esbanjando estilo, objetos de decoração com um design mega interessante. Recomendo, mesmo, bater perna pelas lojas. Os valores podem até não ser muito amigáveis, mas pelo menos você volta para casa com uma peça (seja de roupa, seja de decoração) super diferente. 🙂

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Bateu a fome? Onde comer bem em Reykjavik

Eu já tinha contado aqui que reza a lenda que os islandeses não gostam de comer animais feios – mas que algumas opções das comidas típicas deles também não soam muito apetitosas: cabeça e testículos de carneiro, tubarão fermentado (a receita original incluía xixi), etc.

Mas apesar dessas comidas tradicionais existirem de verdade, a vibe cosmopolita e prafrentex chegou a Reykjavik sim, inclusive na gastronomia, que é de altíssimo nível (e preços proporcionais). Posso dizer de todo o coração que o cenário e as experiências gastronômicas que eu tive a chance de participar em Reykjavik não devem em nada às delícias provadas em minhas viagens passadas (e documentadas neste blog) em Lima, Vancouver ou Itália, por exemplo. E mesmo considerando que a Islândia não é um país barato e que cozinhar no seu hotel é ainda a opção mais barata por lá, eu realmente recomendo que você vá explorar um dos restaurantes bacanudos de Reykjavik, pelo menos uma vez! Você não vai se arrepender!

Um bom ponto de partida é a simpática e impronunciável ruazinha Skólavörðustígur, bem no centrinho da cidade, com restaurantes deliciosos nos seus arredores (e barzinhos animadíssimos para esticar a noite depois!).

Dicas de restaurantes chiquezinhos que particularmente me impressionaram mais em Reykjavik:

Grillmarkadurinn: Especializado em grelhados e frutos do mar. Super recomendo! Provamos o menu degustação, com 8 criações deliciosas – destaque para a carne de baleia (caso alguém queira provar!) e as costeletas de cordeiro.

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Mas o Oscar mesmo foi para a sobremesa, que envolvia uma “bola” de chocolate que, quando coberta de calda de chocolate quente, derretia revelando um sorvete muso no interior.

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Coisa de deuses nórdicos. O preço do menu é proporcional à extravagância, claro (o menu degustação custa ISK 10.400 por pessoa), mas valeu cada garfada. Para aqueles momentos “pamper yourselves” que a gente tem de vez em quando.

Sjárvargrilid: Em termos de volume de comida, os pratos desse eram menores que os da opção acima, mas fica o aviso: o restaurante é especializado em lagostas, e pode-se esperar porções generosas, se não em quantidade mas em sabor. Os vinhos brancos eram ótimas pedidas, também. Amei, amei, amei.

Apotek: O primeiro restaurante que fui assim que pus os pés na Islândia e onde tivemos a entrada que mais nos impressionou em toda a viagem: chama-se Sea Trout on a “Hymalayan salt block” e é, literalmente, uma porção mínima de salmão servida sobre um – juro! – tijolo de sal rosa himalaio. Não é exagero!

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Bloco de sal himalaio servindo nosso aperitivo! Eu confesso que comi o meu antes de tirar foto (sorry!) de modo que essa foi tirada do site deles. Crédito da foto: Divulgação restaurante Apotek.

Essa era a entrada – que, apesar de pequena, tinha já o seu feito WOW. Depois disso veio uma paleta de cordeiro (deliciosa). As sobremesas são lindinhas também. Vá, nem que seja pela experiência.

Para comer barato:

Como eu já tinha explicado nas minhas dicas economizadoras de viagem, a melhor pedida para comer barato na Islândia é fazer compras no supermercado e cozinhar no seu próprio apartamento ou no seu campervan. O mehor lugar para comprar é o Bônus, o principal supermercado baratinho da Islândia, mas há também o Nettó e o Kronán, todos com a proposta “barata”.

Para comer fora, porém, você pode apostar na tal da rua impronúnciável Skólavörðustígur (que você pode chamar lindamente de “a rua da Igreja”, para facilitar) conta com lanchonetes, hamburguerias e um restaurante tailandês a preços bem mais amigos.

Outra dica é procurar uma barraquinha de cachorro quente chamada Bæjarins Beztu hot dogs: ela ficava do lado do hotel que eu estava, o Radisson Blue, e vivia cheia, com mil filas. Depois fui descobrir que ali é servido “o melhor cachorro quente do mundo”, como eles afirmam, e que até o Bill Clinton já comeu por lá. (Não sei se merece essa pompa toda, mas era bem gostoso sim – e ficava aberto mesmo durante a madrugada, no verão!).

E por fim, descobrindo a noite islandesa

Se você não é da noite, supere-se e abrace este fato: a noite de Reyykjavik é para se conhecer.

Arrisque-se pelo menos num bar – até porque não vai ser difícil encontrar um. Eles estão espalhados fofamente por toda Reykjavik.

Mas por quê curtir a noite? Primeiro, porque se você estiver lá no inverno, a noite vai ocupar boa parte do seu… dia. Mas, independente da época do ano em que você vá, a noite em Reykjavik é um dos pontos altos da socialização na cidade – o que faz todo o sentido, considerando que uma cidade tão cultural esteja cheio de músicos, cantores, DJs, etc. E quanto eu digo noite, não me refiro apenas aos bares: não raro, os islandeses bebem na rua com os amigos, o que faz com que você imediatamente se sinta numa festa, só que maior e mais espaçosa, só com a diversão. Se você gostar da baguncinha, você fica – arrisco dizer que os islandeses me pareçam o povo mais sociável da Europa, ao contrário do aspecto frio que a gente esperaria deles. Se não gostar, parte para outro bar/praça/esquina e tá tudo certo.

As ruazinhas do centrinho de Reykjavik são cheias de bares e noitadas, e basta pouquíssimos passos para encontrar um que você goste (lembra que eu falei que nada que exija mais de 10 minutos de caminhada merece ser visitado?). E para mim, o ponto mais alto de descobrir a noite islandesa foi encontrar pregado num banheiro de bar qualquer o seguinte aviso:

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E isso eles levam muito à serio: nada de assédio, nada de cara enchendo o saco das meninas. Não por acaso, a Islândia é considerado um dos países mais seguros para mulheres.

Onde se hospedar em Reykjavik

Eu havia explicado neste post algumas dicas de onde ficar em Reykjavik: basicamente, o ideal é centralizar sua estadia no “miolinho da cidade”, mais ou menos no eixo entre a Igreja e o Harpa.

Eu fiz esse mapa aqui com algumas sugestões. Repare que os hotéis estão marcados de azul, os apartamentos de amarelo (a maioria com cozinhas incluídas) e as atrações de vermelho. Nessa distância, você consegue curtir todas as atrações e restaurantas só caminhando por alguns minutos!

Eis os links para os hotéis pontuados no mapa:

Kvosin Downtown Hotel:

Reykjavik Residence Apartment Hotel

Apotek Hotel

OK Hotel

Hotel Frón

Center Hotel Thingout

Guesthouse Sunna: É a guest-house com a vista mais perto da Igreja!

Room with a view

E os apartamentos (a maioria com cozinha incluída):

Next Apartments

Skolo Apartments

Island Apartments

Rey Apartments

Eu fiquei no Blu Radisson 1919, que fica bem pertinho do Harpa e na mesma rua do Museu de Arte e do Museu de Fotografia de Reykjavik. 

Lembrando que em Reykjavik a capacidade hoteleira não é tão farta quanto a quantidade de gente que quer ir para lá, especialmente no período de alta temporada (junho a agosto). Então, se você estiver planejando sua viagem para lá, procure reservar sua hospedagem com vários meses de antecedência para não correr riscos!

Por fim: planejando a viagem de carro

Como eu havia explicado aqui, se você planejar viajar de carro pelo país mas também quer deixar alguns dias para Reykjavik (recomendo!), minha dica seria deixar a capital islandesa para o início ou fim da viagem, de modo que:

Opção 1) você aluga o carro no aeroporto de Keflavík, sai viajando pelo país e devolve em Reyjavik (você não precisa de carro se ficar só na capital, e ainda economiza estacionamento). Aproveita a cidade e depois pela um transfer para o aeroporto;

Opção 2) faz o caminho inverso, pegando o transfer para Reykjavik, curtindo a cidade e deixando para alugar o carro de lá mesmo para viajar pelo resto do país.

Lembrando que quem não quiser ficar viajando de carro, pode também montar base em Reykjavik e contratar tours pelo sul da ilha – eu fiz isso. Eu expliquei aqui alguns dos preços de tours e como fazer para reservar – como o Blue Lagoon, por exemplo.


Veja também:

Viagem para Islândia: um guia definitivo para você organizar sua viagem em 15 perguntas

Blue Lagoon: como ir, o que esperar e qual o pacote/esquema que vale mais a pena

9 curiosidades sobre a Islândia para você amar ainda mais o país

Comments

4 COMENTÁRIOS

  1. Clarissa, bom dia.
    Estou pensando em ir pra Islândia em março. Como sou só eu e a esposa, e o agravante de não dominar o inglês, seria muita aventura alugar um carro? Ou poderia fixar base em Reykjavik e fazer todos os passeios comprando tours?
    Os passeios as geleiras consigo chegar de carro?
    Atenciosamente,
    Paulo

    • Oi, Paulo! Se você se sente inseguro em ir dirigindo (as condições das estradas podem ser afetadas por causa do mau tempo, e isso é muito instável por lá), pode ser uma boa pegar tours mesmo, montando sua base em Reykjavik (foi o que eu fiz). Os passeios às geleiras dá para chegar de carro até parte do caminho, e depois seguir a pé. Eu escrevi detalhadamente sobre isso, e com dicas de tours, aqui: http://www.dondeandoporai.com.br/viagem-para-islandia/

      Eu fiz tours à Lagoa Azul, às geleiras e às cachoeiras – todos indo e voltando por Reykjavik. Tenha em mente que viajar de carro na Islândia merece um planejamento à parte (que eu explico no post), e sem dúvida dá uma liberdade enorme, mas você tem que saber o quanto você se sente confortável em estar dirigindo num país estrangeiro, e sob a possibilidade de ter condições climáticas bem diferentes das que estamos acostumados. Eu digo isso com a maior sinceridade do mundo, porque recentemente fiz uma viagem de carro em que pegamos muitas tempestades e, embora tenha sido em um país com idioma amigável (Portugal!:) ) e a estrada era boa, os deslocamentos acabaram sendo cansativos e estressantes por causa da tensão em dirigir assim, e eu confesso para você que, dependendo das circunstâncias, eu prefiro ir com um tour que conhece as condições, fico mais relaxada (ainda mais se eu estiver indo de férias!!!). Mas aí é uma opinião minha – mas o importante é que você pode fazer ter as duas opções sim (tour e carro!).

  2. Fiquei encantada pela cidade só de ler este post! Não imaginava que Reykjavik tivesse tanta coisa interessante.
    E ah, adorei a comparação com Paris!! Vou comprar o livro, rs!

    • bruna, não é? Fiquei super encucada com o que li, mas gostei da linha de raciocínio! E super recomendo o livro, é excelente!!

      Obrigada pela visita!

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