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Se em algum momento você repensou em ler este post porque lugar cheio de passarinho não faz exatamente a sua praia e, portanto, não entraria no seu roteiro, volte a fita. E acrescente o Parque das Aves na sua lista de lugares obrigatórios para visitar em Foz.

Feito isto, relaxe e curta o passeio, porque você não vai se arrepender.

Primeiro, porque o Parque das Aves é meio que resultado de uma história de amor pela natureza, daquelas que vão te envolvendo aos poucos. Foi idealizado pelo casal de estrangeiros Dennis e Anna Croukamp, que já eram apaixonados por aves e vieram a Foz do Iguaçu com a intenção de criar aqui uma área de preservação destes animais. Reunindo uma equipe dedicada e conseguindo os primeiros espécimes através de doações de outros zoológicos, abriram as portas em 7 de outubro de 1994.

Painel de boas vindas na entrada do Parque das Aves, em Foz do Iguaçu

De lá para cá, o projeto foi crescendo – todo por iniciativa privada, diga-se de passagem – adquirindo novos animais, estudando e aprimorando sua estrutura para permitir a procriação e, inclusive, recuperando muitas aves oriundas do Ibama e da Polícia, capturados em ações contra o tráfico de animais silvestres – infelizmente, capítulo triste da nossa realidade do qual ainda estamos longe de resolver.

Arara Azul, o “Blu” do filme “Rio”, dando pinta de artista em Foz do Iguaçu. Infelizmente, uma das espécies mais contrabandeadas.

Hoje o Parque das Aves possui uma área de 16,5 hectares, totalmente arborizada, e conta com 1.100 animais, entre exemplares de aves, répteis e insetos (viveiros com aranhas e tarântulas também existem). Algumas aves estão em jaulas separadas e outros em viveiros em que é possível entrar e observá-las de perto.

Tá olhando o quê?

São araras, papagaios, periquitos e, claro, o rei e foco de toda a atenção: os tucanos, majestosos e desconfiados com seus olhos de um azul vivo e bicos encantadoramente amarelos. Não raro, perde-se um bom tempo tentando chegar mais perto de um para tirar a foto perfeita, para em seguida se desviar de um vôo rasante dos queridos. Passatempo irresistível.

Tucano, o queridinho das fotos no Parque das Aves. Esse bico se mostra altamente aerodinâmico quando ele dá os seus rasantes por lá!

Sem mencionar, claro, que tal programa, para quem tem filhos pequenos, é absolutamente encantador e necessário. Acho que a experiência mais parecida desse tipo que me recordo foi a visita aos viveiros de aves do Busch Gardens, na Flórida. E, perdoem-me os amantes dos parques temáticos americanos, mas na minha humilde opinião, “the Oscar goes to” Parque das Aves de Foz do Iguaçu. Vencedor da categoria educação ambiental, interação com fauna (aves, no caso) e natureza.

Mas o bacana é que a experiência de andar em meio às aves, soltinhas, não se restringe aos viveiros. Como o Parque das Aves é extremamente arborizado e reproduz, eficientemente, as condições naturais próprias dos habitats das aves, é comum vermos voando solto pelas árvores tucanos e araras selvagens, soltos na natureza, e que estão só dando uma passadinha por ai.

Preste atenção nas árvores durante o passeio. É possível flagrar momentos de delicada beleza como esse.

Existe, claro, os viveiros em que é bom não chegar perto. É o caso das harpias, por exemplo (sim, tem harpias lá! Imponentes, enormes e assustadoras! E para alguém que, como eu, nunca havia visto uma dessas exceto nos livros de mitologia, é fascinante!). Segundo os funcionários, volta e meia tem um lagarto que inadvertidamente entra na jaula e sai (quando sai) faltando uma boa parte do rabo.

Harpias são as aves de rapina mais poderosas do mundo. Suas unhas chegam a medir 7 cm e suas garras podem esmagar um crânio de um macaco em pleno vôo. Por isso existem tantas lendas sobre elas.

O fato de ser uma entidade privada e absolutamente independente do dinheiro público ajuda bastante. O Parque das Aves tem o orgulho de afirmar que se mantém hoje exclusivamente da bilheteria e da lojinha.

E nós, aplaudimos. É um sinal de que iniciativas como essa são viáveis e principalmente, podem ser bem-sucedidas. Nosso meio ambiente precisa de ações assim para ontem, e nós como turistas e brasileiros podemos e devemos ajudar.

As vantagens são as mesmas de qualquer instituição privada: em caso de problemas, as soluções são decididas e implementadas rapidamente, sem precisar de autorizações, e zero burocracia. O resultado disso é visível em apenas algumas voltas pelo parque.

É um cuidado que está, inclusive, na fala dos funcionários. Alguns estão ali desde o comecinho da história do Parque e todos vêem no dia-a-dia o resultado do seu trabalho. Por isso, acredito que foi um dos lugares em Foz do Iguaçu que mais encantou pelo carinho com que as pessoas se dedicam ao que fazem.

Todos os animais são monitorados e alimentados duas vezes ao dia. Por isso, estão visivelmente saudáveis.

Por isso, não deixe de fazer o passeio monitorado pelo Parque das Aves. É apaixonante ouvir os guias contarem as histórias, “causos”e curiosidades envolvendo cada um dos animais.

Particularmente interessante é, por exemplo, ouvir as histórias sobre as tentativas de  estimular a procriação.

Na área reservada aos Flamingos é possível ver vários espelhos rodeando-os. Este recurso cria a ilusão para eles de que o bando é maior, e com isso eles se sentem mais seguros para se reproduzir.

Exemplo: O Parque das Aves contava com uma jibóia fêmea e recebeu um macho para tentar ver se rolava um lance entre eles. Mas a coisa não é fácil: segundo a coordenadora do Parque, na última experiência realizada por um parque de juntar duas jibóias na mesma jaula, em São Paulo, a fêmea levou apenas 30 minutos para matar o macho.

É… Definitivamente, não causar uma boa primeira impressão num relacionamento pode ter sérias conseqüências.


Então, a ação colocou todo o staff do Parque em estado de alerta, pronto para intervir e separar o casal ofídio antes da DR ficar mais séria. E, para surpresa de todos, aparentemente rolou um téte-a-téte, o casal de cobras deu uma conversada, e aí pá de lá, pá de cá, a coisa fluiu, o tempo passou, e segundo a equipe do Parque das Aves, o comportamento das cobras demonstra que elas estão montando um ninho.

Ou seja, leve flores na sua próxima visita para os papais. Você pode encontrar bebês jibóias por lá.

O mesmo em relação às harpias. O casal parece que se entendeu de início, e agora estão montando um ninho. Se os filhotes vingarem, será sem dúvida uma realização para o Parque das Aves no cumprimento do seu papel prestando auxílio na reprodução dos animais.

Por isso, não é a toa que o Parque das Aves é um passeio que vale a pena e está incluso na maioria dos pacotes que existem em Foz.Vá, visite, e quando for, vá de coração e mente aberta para o belíssimo trabalho realizado por lá. Porque é mais que um entretenimento, é uma lição (bem feita) de proteção, cuidado e educação ambiental. E como turistas e brasileiros, cabe a nós estimular e zelar por isso também.

Endereço: Avenida das Cataratas, km 17,1 – Foz do Iguaçu Telefone: (45) 3529 8282

Valor: R$ 18,00 reais para brasileiros

Horário de funcionamento: diariamente, das 08:30 às 17:30

Quem leva: Muitas vezes a entrada do Parque está incluída em muitos dos pacotes oferecidos pelas agências da cidade. A Loumar Turismo oferece o programa Passaporte  Destino Iguassu, que já conta com o Parque das Aves incluído.

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Esta jornalista e blogueira foi a Foz do Iguaçu a convite da Agência Loumar Turismo e Hotel Bella Italia (Patrocínio) e Gol Linhas Aéreas Inteligentes (Transportadora Aérea)

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Participaram do BlogTur em Foz do Iguaçu

Os Blogueiros: Maurício Oliveira (Trilhas e Aventuras), Átila Ximenes (Vou Contigo), Carol Wieser (Travel Forever), Carol May (Dicas e Roteiros de Viagens), Ana Catarina (Turista Profissional), Jana Calaça(Jeguiando), Julie Fank (De Mochila), Clarissa Donda (Dondeando por aí), João Aguiar (Viajando no Mundo), Flávia Vieira (Viajar é Tudo de Bom), Vinícius Raupp (Inquietos), Deise de Oliveira (Viagem pelo Mundo), Pedro Serra (Sem Destino) e Thiago Busarello (Vida de Turista).

Comments

10 COMENTÁRIOS

  1. Minha querida Capitu, que post bacana! Clarissa, sabe o que foi mais interessante em ler o seu texto, minha nêga? Recordei cada detalhe do bate-papo que tivemos com os responsáveis pelo parque. De boa ouvinte, você também acaba sendo uma grande contadora de histórias, por saber passar adiante as lições que ouve, os detalhes de uma história aqui, os detalhes de uma história acolá. Recordei, revivi, relembrei cada momentinho que passei naquele lugar. Parabéns pelas linhas, minha querida Capitu e por ser tão humana e tão especial na forma como partilha conosco as suas vivências.

    Grande e forte abraço,

    Jana.

    • Jana, obrigada pelas palavras! Como eu te disse, levo-as muito a sério uma vez que vêm de você, que gosto muito e admiro demais enquanto pessoa, amiga, blogueira, mãe de jegue e baiana arretada.

      É muito bom, ao montar os posts, ser transportada de volta a dias que foram tão bacanas, com companhias que se tornariam amigos muito especiais!

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