Tive o privilégio – ENORME – de ir duas vezes a Machu Picchu. Digo enorme porque tive a minha época de achar que Machu Picchu era um daqueles locais tipo “viu-tá visto”, e quem tinha ido uma vez não precisava ir de novo. Ledo engano – minha segunda ida até lá aconteceu em condições e épocas do ano bem diferentes da primeira, e se Machu Picchu não era 100% novidade, redescobrí-la com novos olhos foi quase uma segunda “primeira vez”.

E quando eu digo redescobrir, eu digo redescobrir mesmo: porque minha segunda vez na cidade sagrada foi acompanhada de um guia, o que fez toda a diferença (na primeira, eu fui na vibe mochileira-independente-pão-dura, e visitei a cidade por conta própria, mas sem guia nenhum). Dessa vez, eu vi uma Machu Picchu cheia de história, de mistérios, de emoção, em que cada tijolo tinha um significado – e faziam muito mais do que um composê bonito para as minhas fotos.

Enfim, eu adorei voltar e comparar as fotos do mesmo lugar, nos dois momentos da minha vida – e me pareceu ter conhecido uma cidade completamente diferente. E antes que a memória falhasse (pois é, eu sou jovem, mas sou esquecida), resolvi anotar rápido todas as histórias e curiosidades que conheci nessa segunda vez e que fizeram com que o mesmo lugar me fosse um totalmente diferente. Talvez assim eu mantivesse num papel – ou na tela – a mesma sensação de descobrimento que eu tive de lá.

Ou, talvez, me relembrassem no futuro porque eu voltei toda arrepiada de lá. Porque voltei mesmo – a energia de Machu Picchu tem dessas coisas.

E por isso, divido com vocês um pouco das histórias que eu conheci lá. Espero que gostem, que se arrepiem, que conheçam um Machu Picchu além da foto de sempre, com as casinhas à frente e às montanhas ao fundo.

E espero, mesmo, que se um dia vocês forem lá, possam voltar de novo. E se vocês se encantarem como foi a primeira vez, eu tô feita – sinal de que minha teoria do “viu-tá visto” era furada mesmo! 😛

 

1. A cidade perdida  nunca foi descoberta pelos espanhóis

Se no planejamento da sua visita você pretende primeiro visitar as ruínas de Cusco, como Pukapukara e Saqsaywaman (também popularmente conhecida como “sexy woman”) você vai ver grandes ruínas de pedras que dão a dica de que algo muito grandioso havia ali – mas que hoje, infelizmente, resta pouca coisa dos indícios originais, o que faz com que a gente tenha que usar mais a imaginação. Muitas das ruínas mostram apenas as bases em pedra, já que os espanhóis, durante a colonização, destruíram a maioria dos templos e usaram as pedras para construir suas próprias igrejas.

Mas Machu Picchu, mesmo, foi descoberto oficialmente em 1911, muitos anos depois do fim da colonização espanhola – o máximo que os espanhóis chegaram perto foi caminhando ao longo do rio da região, lá embaixo, sem nem sonhar a cidade linda que havia no alto das montanhas.

Bom para a gente! 🙂 E percebemos isso ao ver Machu Picchu por cima: ainda estão ali, presentes, todos os contornos dos topos das casas e construções, as ruas, escadas e fontes de água, como se a cidade só precisasse que fossem colocados de novo seus tetos de palha para voltar a vida! 🙂

 

2. A razão de Machu Picchu ter sido construída aqui

Há várias teses que tentam explicar a razão pela qual Machu Picchu foi construída aqui, mas uma das mais aceitas diz que a cidade tinha uma função sagrada, pois ali ficariam cidadãos escolhidos pelo rei Inca (aliás, Inca significa rei, e o nome do seu povo é “quechua”. Então, falar do “povo Inca” não faz sentido, já que o Inca era só o rei) para estudar a astronomia, o calendário e onde aconteciam, também, cerimônias sagradas. Para o povo quechua, naquela época, as montanhas eram sagradas, já que eram as partes da terra mais próximas do céu, onde estava o plano superior.

Nada mais natural, portanto, construir uma cidade sagrada no topo de uma montanha.

E não havia lugar melhor do que onde Machu Picchu está  por um único motivo: tá vendo essa foto?

Agora, olha para essa foto assim… 🙂

Viu como é possível ver um rosto? Perfeito e bonitinho? Pois é! 🙂

Por isso Machu Picchu foi construído nesta montanha: porque é um local especial em que as montanhas parecem formar um rosto a olhar o céu – e no céu estão as verdadeiras divindades…

E quando a gente descobre esse rosto que estava nas fotos de Machu Picchu o tempo todo, dá até um arrepio, né? 🙂

 

3. A cidade que funcionava como um centro de estudos

Sim, era ali que haviam estudos sobre o calendário dos meses e anos, era também como o povo identificava cada mês e época do ano, e com isso organizada os rituais e a agricultura.

E um dos locais pelos quais os antigos moradores calculavam os meses do ano era através das cordilheiras de montanhas que viam de um dos lados de Machu Pcchu.

Explico: tá vendo essa foto com esses diversos picos de montanhas? Então: num desses “V” entre dois picos é a chamada Porta do Sol – e de onde vem muitas das trilhas que de vários dias que chegam a Machu Picchu hoje. Ela leva esse novo porque dali é onde entram os raios do sol na época do solstício de verão, no dia 22 de dezembro, uma data especial para o povo naquela época. E à medida que o ano passa, o sol vai se deslocando para a esquerda (quer dizer, não o sol, que está paradinho… É a terra que se move, mas, bem, você entendeu o que a gente quer dizer, né?) e a partir daí, a cada “V”, nas montanhas, os antigos mestres do império Inca sabiam, dizer em quais meses eles estavam – e o mesmo acontecia até chegar ao solstício de inverno, no dia 21 de junho, quando o sol retomava o caminho original.

Sabidinhos, eles, né? 🙂

Repare: a Porta do Sol é o “V” mais à direita da foto, onde parece sair uma trilha dali.

4. Cosntruções à prova de terremotos

Os antepassados quechuas já estavam super escolados nos terremotos comuns da  região, e aprenderam como construir casas que resistissem a estes sismos – coisa que os espanhóis não tinham a menor experiência, e já chegaram na vibe “seus bárbaros, eu sou a civilização”, destruindo tudo e construindo suas próprias igrejas.

Moral da história: em Cusco, os espanhóis construíram a Catedral de Santo Domingo em cima de um templo Inca. Rolou terremoto e toda a parte espanhola foi destruída, mas os tijolinhos incas permaneceram intactos. Sabe de nada, inocentes…

Mas enfim: da colonização espanhola para cá, rolaram vários terremotos fortes no Peru, sendo o mais forte em 2007. E Machu Picchu resistiu lindamente a todos os terremotos na história, visto que foi descoberto muso e lindo em 1911, apesar de todos os tremores que rolaram desde então.

E sabe como eles resistiram? Arquitetura, meu caro Watson.. 😉

Repara: dá para ver que as bases das casas são um pouco “tortinhas”, inclinadas para o centro? Isso distribui o peso e ajuda as casas a manter-se de pé no caso de tremores.

Ok, a foto mostra da melhor forma, mas está ali: repare como essa parede da esquerda é um pouquinho de nada inclinada para o centro…

 

O mesmo acontecia com as janelas, meio em formato de trapézio.

Esse conhecimento, aliás, não era só restrito ao povo do rei Inca; todos os povos andinos já tinham experiência em desenvolver construções que resistissem aos inúmeros tremores já que eles eram frequentes na região. Foram várias técnicas que foram mudando, de século para século, e que conseguimos ver até hoje nas ruínas peruanas.

Por exemplo, essa foto daí debaixo é um exemplo da Huaca Pucllana,que fica em Lima (ok, não é Machu Picchu mas serve como exemplo, né?): repare que entre cada tijolinho há um espaço pequeno – isso serve para que a energia do tremor de terra reverbere entre os espaços vazios e a pirâmide resista ao terremoto – era uma técnica usada lá entre os anos 200 a 700 depois de Cristo, quando acredita-se que essa pirâmide foi construída.

As técnicas foram evoluindo desde então até chegar na mais recente, que é feita com tijolos bem lisos e é encontrada tanto em alguns templos de Machu Picchu como na base feita ainda com tijolos da época Inca na Catedral de Santo Domingo, em Cusco.

Bacana, né? Viajar pelo Peru é uma experiência bacana por conta disso: parece que são várias aulas de arquitetura e história ao vivo e a cores! 🙂

 

5. Uma cidade espiritual e evoluída até na pedra

Essa, talvez, foi a curiosidade que eu achei mais interessante – e que até me emocionou mais, de certa forma! 🙂

Estávamos conversando com nosso guia, o Marco – um peruano que fala um português excelente e é um amor de guia, super recomendo – que nos contava a história de Machu Picchu. Daí que ele tira do seu bolso uma pedra de granito branco, dura – que segundo ele foi a pedra com a qual toda a cidade de Machu Picchu foi construída.

E aí, é aquela hora em que a gente imagina o trabalho que deve ter dado levar todas essas pedras trabalhadas para o alto da montanha como eles fizeram – qual a tecnologia da época, as dificuldades, tudo… Uma maravilha de arquitetura e mistério  tão encantadora quanto as Pirãmides do Egito.

Mas o granito branco, segundo ele, tinha um função muito especial: o povo andino acreditava – e hoje isso é comprovado – que as pedras possuíam energias especiais, e a proposta de Machu Picchu ser toda construída com essa pedra tinha como objetivo concentrar essa energia para seus habitantes.

Só isso já teria sido muito legal. Mas tem mais. 🙂

Então, ele nos mostrou duas outras pedras de granito branco: uma mais desgastada do que a pedra bruta original, e outra branca, pura, lisa. Uma pedra que já havia sofrido os efeitos da erosão e que já tinha se transformado em uma pedra pura.

Esse, segundo ele, era a verdadeira proposta de Machu Picchu: uma cidade toda construída em granito bruto, que com o constante trabalho da chuva, do vento, da água e dos desgastes naturais, iria evoluir para uma cidade de pedra pura, branca, evoluída e energizada. Tal como sua civilização, que aprenderia, junto com a cidade e com a natureza, a evoluir e a se purificar com ela.

Olho de novo para Machu Picchu, após a explicação: imagine aquela cidade imponente que eu via à minha frente, totalmente branca, de um granito puro e reluzente? Isso sim é maravilha das maravilhas.

Confesso, é uma história linda e triste ao mesmo tempo: triste de ver uma sabedoria e um potencial de uma civilização tão lindo terem se perdido lá na nossa história. Triste, né?

Mas por isso mesmo, acho que fica uma lição linda para a gente, de respeitar e se apaixonar por essa sabedoria que esses povos antigos tinham, e na medida do possível levar isso com a gente.

Confesso que depois disso, Machu Picchu entrou na minha lista de lugares mágicos, especiais, queridos lá do coração. E se antes eu achava que era um lugar que a gente visita uma vez e tá bom, hoje eu confesso que voltaria de novo. E de novo. E de novo.

Sei lá, lugar com energia boa sempre vale a pena a gente ter no nosso caminho. 🙂

 

6. Lhamas: visitantes ilustres, mas que vieram depois

Já virou padrão: ultimamente todas as fotos de turistas em Machu Picchu tem uma lhama fofinha decorando a paisagem.

Sim, elas são charmosas, engraçadas, fotogênicas, mas não estão ali desde os tempos dos antigos andinos: o primeiro casal de lhamas foi levado até Machu Picchu lá por volta dos anos 70, e desde então são 14 lhamas que vivem na região: um macho e seu harém de fêmeas.

PS: Aliás, quando fomos, tinha até um bebê lhama, deitado tranquilamente longe do alcance dos turistas!

A verdade é que, mesmo não sendo habitantes da região desde os tempos dos incas, hoje já se habituaram a fazer a alegria dos visitantes: como estão acostumadas a terem várias câmeras apontadas para elas desde que nasceram, são domesticadas e ficam totalmente à vontade com turistas. Até sorriem para a câmera! 🙂

 

7. Trilhas escondidas e abandonadas : a última tentativa de proteger a cidade sagrada

Um dos grandes mistérios que rondou por anos a cidade dos Incas foi a razão pela qual a cidade foi abandonada, praticamente intacta, e deixada para ser engolida pelas floresta. A razão explicada pelos pesquisadores foi a seguinte: com a chegada dos espanhóis ao Peru e a destruição de todas as cidades do império Inca para a busca de ouro, os líderes da cidade sagrada de Machu Picchu, por ser uma cidade importante do ponto de vista sagrado e espiritual, decidiram abandonar a cidade e apagar todos os vestígios dos caminhos para chegar até ela, e assim tentar mantê-la a salvo dos espanhóis.

Sim, porque a coisa era feia, bem feia: os relatos diziam que os espanhóis chegavam a uma cidade do império inca e primeiro matavam todas as mulheres e crianças. Em seguida, escravizavam os homens, roubavam o ouro e destruíam os templos – sem falar que a Inquisição também chegou a Cusco, como forma de domínio. A coisa foi bem sangrenta por lá.

Então, para proteger a cidade sagrada, todos os habitantes de Machu Picchu abandonaram a cidade, destruíndo os caminhos que levavam até ela e cobrindo com mato, galhos e plantas qualquer indício da presença deles que pudesse chamar a atenção dos espanhóis.

Uma das rotas, por exemplo, foi essa: a ponte Inca, que exige uns 40 minutos de caminhada de Machu Picchu até ali, e que mostra uma das últimas vias de saída da cidade.

O último que atravessasse a ponte deveria destruir a base de madeira e esconder o acesso com mato, para que ela não fosse encontrada. Hoje, a trilha pode ser visitada a partir do próprio santuário de Machu Picchu, sem precisar pagar bilhetes extras, mas o acesso permite chegar até próximo a ela, não cruzá-la.

Embora, honestamente, não sei se eu iria querer cruzá-la… Basta um passo em falso para cair no precipício logo abaixo.

Segundo a história, os últimos habitantes de Machu Picchu seguiram para a floresta peruana, onde se encontraram com outros grupos e fizeram a última batalha de resistência contra os espanhóis. E basta ver a história para saber qual o resultado da guerra. 🙁

Por isso que até hoje é possível ver algumas das trilhas antigas usadas pelos antigos andinos que estão escondidas pela mata.

Tipo, repare nesta foto de Machu Picchu…

Agora, dando um zoom e reparando mais de perto…

Pronto! Consegue ver, discretamente, uma linha escura  na encosta da montanha? Está ali, coberta de mato, uma das trilhas usadas pelo povo antigo para chegar a Machu Picchu.

Perigosa, sem dúvida… Mas resistente – mesmo não usada, está lá até hoje, sobrevivendo ao tempo.

Dá uma sensação de estar descobrindo mistérios e segredos, ao ver coisas assim, né?

 

8. Fogueiras e helicópteros: o início da depredação

Mas se Machu Picchu foi poupado da destruição espanhola, a cidade sagrada teve também sua cota de estrago no século XX devido a seus visitantes. E um deles foi o próprio Hiram Bingham, o ‘”descobridor” de Machu Picchu (antes deles, já haviam registros de alguns alemães que haviam encontrado a cidade perdida e levado consigo peças preciosas, até hoje nunca recuperadas). Ao encontrar a cidade perdida, toda coberta pela mata por séculos, ele percebeu que levaria um tempo enorme para limpar a cidade, removendo todo o mato e os galhos para poder efetivamente fazer suas buscas e pesquisas.

Tipo, um trabalho desse levaria uns dois meses para ser bem feito. Ele não tinha esse tempo todo. Então ele lançou mão de um recurso mais rápido.

Fogo. Ele tacou fogo em toda a Machu Picchu.

Pois é, que absurdo, não? Mas era 1911, numa época em que, convenhamos, o mundo ainda não era de ninguém mesmo, e ele conseguiu limpar o mato de toda a Machu Picchu, para poder estudar as pedras e a cidade.

Pô, véi… Não precisava queimar tudo…

O ruim é que o fogo destruiu também o revestimento das casas, que acredita-se que eram feitos com um tipo de argila resistente ao tempo e que era pintado, com pinturas e desenhos próprios da decoração da época. Perdeu-se tudo.

Mas isso nem foi o pior. Com o tempo, Machu Picchu foi chamando a atenção de vários descobridores e recebendo milhares de visitas desde então – todas com pouquíssimas preocupações em preservar o patrimônio que tinha lá.

E a pior delas foi em 1976, quando o rei espanhol Juan Carlos I resolveu conhecer a cidade Inca aterrissando de helicóptero bem nessa praça principal. Esse luxo foi terrível para Machu Picchu!

Essa “praça” principal tem propriedades acústicas – e até hoje não se sabe o alcance dos dados causados pela visita do rei da Espanha, que estacionou seu helicóptero ali.

Primeiro, porque antes da chegada do rei, havia nessa praça principal uma importante construção de pedra que foi removida para dar lugar ao helicóptero e jamais foi recolocada.

Segundo, porque a praça em si tem propriedades acústicas, e foi construída com este propósito: era nela que, nos tempos antigos, o imperador Inca ia até o seu centro e falava ao seu povo, que o escutava nas “arquibancadas” ao redor. Sua voz reverberava por todo o pátio, que até hoje tem essa acústica bacana.

Agora você imagina o barulho estrondoso que um helicóptero faz para uma estrutura assim! 🙁

E em terceiro, acredita-se que o peso do helicóptero deve ter afetado alguma estrutura de pedra na parte inferior da cidade, já que Machu Picchu possuía diversas fontes de água que corriam pela cidade, e que hoje se limitam a fracas canaletas de água. Tanto guias e pesquisadores perceberam essas mudanças de 1976 para cá, e acreditam que estes danos estão relacionados diretamente à fatídica visita de helicóptero.

9. Os cuidados de preservação de um patrimônio especial

Existe hoje uma regra que limita a visitação a Machu Picchu a 1.500 pessoas por dia – o que, cá entre nós, não é seguido. Guias locais falam de 2.000 a 3.000 pessoas andando pela cidade perdida todos os dias, todo o ano – e o número chega a 4.000 em datas especiais como no solstício de inverno e de verão.

Claro, se na quela época acreditava-se que a população da cidade não ultrapassava uns 600 habitantes, o que dizer dos danos à estrutura de Machu Picchu com a circulação de 1.500 pessoas ali por dia?

Por isso que o santuário recebe um cuidado especial: bases colocadas no chão e um recapeamento das “ruas” de Machu Picchu que ocorre de tempos em tempos, feitos, no período do fechamento do parque. Assim, o santuário fica sempre aberto para os visitantes, 365 dias por ano.

10. A roupa nova do Imperador

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Ok, o nome do desenho é “A Nova Onda do Imperador”… Mas eu não resisti a colocar ele aqui para ilustrar esse tópico!

Isso eu não sabia! Você sabia que o imperador Inca só usava uma roupa por dia? E que, depois de usada, era queimada no fogo?

Na época, um grupo de mulheres era designado especialmente para costurar as roupas novas para cada dia do rei Inca – isso até ele morrer! :O

Essa blogueira e jornalista que vos fala visitou Machu Picchu duas vezes: em 2008 por conta própria durante um mochilão, e a segunda vez a convite do hotel SUMAQ em Águas Calientes e da TAM Linhas Aéreas.

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Comments

35 COMENTÁRIOS

  1. Clarissa, que legal!!!!! Algumas dessas coisas eu ouvi qdo estiver por lá mas outras não… eu tenho a msm sensação que vc: acho Machu Picchu um lugar pra se voltar mil vezes e ele tb é o Peru é sem dúvida meu lugar favorito na América Latina.
    Tenho na minhs wish list de viagens pelo menos umas 10 cidades no país, parece que lá é uma fonte inesgotável de atrações né?? Amo mto!

    Bjos!!!!

  2. Clarissa!

    Gostaria de parabeniza-la pelo post sobre Macchu Picchu.
    Estou programando uma viagem pra lá e aqui no seu blog descobri coisas incríveis, onde jamais encontraria. Fiquei espantada olhando a paisagem de Macchu Picchu horizontalmente, onde podemos ver o rosto escondido nas montanhas olhando para o céu, isso nunca mais sairá da minha cabeça, hehehe.
    Muito bom poder ler algo de alguém que já vivenciou a experiência e poder contar com todos os detalhes, li cada pontinho do teu post e fiquei muito satisfeita, só tenho a lhe agradecer por esclarecer dúvidas que a maioria das pessoas têm.

    Parabéns, fique sabendo que aumentou 854515151 vezes mais a minha vontade de conhecer Macchu Picchu!

    Obrigada, um beijo,

    Jessica S.

  3. Olá Clarissa!
    Primeiramente parabenizo pelo trabalho que fiz em ajudar aos brasileiros que desejem conhecer Machu Picchu, quem escreve é um amante da cultura brasileira e graças a deus já teve a sorte de morar no Brasil por um bom tempo, agora voltei ao Peru – Cusco para montar a nossa operadora de viagens somente para para os brasileiros que desejem conhecer a nossa historia e cultura com guias locais e conhecedores do idioma português.
    Gente se alguém esta precisando de dicas e recomendações dos outros destinos do Peru como Lago titicaca, puno, Arequipa, Nazca, Paracas, trujillo, Huancayo, fico a sua disposição para ajudar;lhes sem nenhum compromisso e assim eu poderia contribuir a que muita gente venha a visitar esta terra maravilhosa herdada por um cultura milenar. visitem nosso site > http://www.viagensmachupicchu.com.br

  4. Bacana demais! Fui a Machu Picchu nesse domingo, 10/11/14 e fiquei encantada! Mais ainda lendo essa matéria. Claro que pretendo voltar, daqui uns 10 anos quando meu filho tiver 18 anos vou levá – lo com toda certeza!

  5. Oi, Clarissa.
    Estou organizando uma viagem de 10 dias para o Peru e gostaria de saber se vc pode me ajudar.
    Minhas dúvidas são: quantos dias ficar em cada cidade para uma viagem sem correria, quais lugares são imperdíveis mesmo, lugares pouco conhecidos pelos turistas que super vale a pena conhecer, vc nos indica algum guia?, nos indica hotéis/pousadas para nos hospedarmos?
    Já peguei algumas dicas nos seus posts e em outros blogs, mas são tantas informações que fico doida.
    Te agradeço imensamente

  6. Parabens pelo post!! Estivesse recentemente lá e senti que o lugar realmente é magico, espiritual.
    Prefiri não ler nada a respeito antes, justamente pra imaginar e sentir o lugar…. mas depois de ler, confesso que fiquei mais apaixonada ;]

    • Juliana, que bom que você gostou! Mas olhe, Machu Picchu é o tipo do lugar que, mesmo você lendo de tudo, você ainda se surpreende com a energia de lá. Eu fui duas vezes, e a segunda vez foi tão mágica quanto a primeira! 🙂
      Fico feliz que você gostou do post!

  7. Clarissa, achei teu texto muito interessante e útil, agora, atribuir ao peso de um helicoptero o comprometimento das estruturas e fluxos de agua da Cidadela acho, para falar o mínimo: “demais” . Acho uma pura implicância com os espanhóis. Abraço.

    • Oi, Miguel!
      Na verdade, essa informação sobre o helicóptero e os estragos causados na cidadela foi uma informação que tivemos do guia local, que era especializado em história na região. Bom, é claro que quando a gente escreve o post repassando as informações a gente nunca consegue ser tão fiel ao que foi dito e aprendido, então por isso pode ter passado a impressão de ser uma “implicância” com os espanhóis. Mas olha, a explicação dele faz sentido: vários especialistas já afirmaram (e não falta documentos e artigos sobre isso) que Machu Picchu foi construída com um complexo sistema de engenharia que permitia a constante drenagem da água da chuva e a capacidade de resistir a terremotos – prova disso é que a cidadela se manteve intacta por todos esses séculos, mesmo com a região toda já tendo atravessado enormes terremotos e constantes deslizamentos de chuva. E também não foi desvendado ainda como essa arquitetura funciona por baixo da terra, já que para isso seria preciso escavar a região, coisa que não será feita por motivos óbvios.
      Já há documentos comprovando sinais de instabilidade nas pedras do santuário, causados em parte pelo excesso de pessoas visitando (vale lembrar que a cidadela foi construída para abrigar no máximo algo em torno de 300 pessoas, entre idas e vindas, e hoje recebe pelo menos 1.000 diariamente caminhando por lá – sem falar em datas especiais como o solstício de inverno, que chega a receber 4.000 pessoas). Tanto que hoje já existe um limite de visitas ao dia, e fala-se em reduzir ainda mais.
      A praça em questão, onde o helicóptero foi pousado, tem um sistema especial de acústica, que reverbera o som ao longo da cidadela, e era onde os antigos Incas faziam seus discursos e orações ao povo. É a parte central da cidadela e, portanto, onde acredita-se que está a parte central do sistema de drenagem (hoje é proibido o acesso de pessoas por ali). Nesse contexto, se o peso de pessoas já representam um dano, o peso de um helicóptero e ESPECIALMENTE a vibração que o seu som pode fazer em uma área com forte acústica pode danificar ainda mais, podendo provocar um abalo semelhante ao de um pequeno terremoto. Considerando ainda que, para receber o helicóptero espanhol, foram retiradas pedras e monumentos originais da praça principal, que certamente tinham valores arqueológicos inestimáveis.
      Bem, isso tudo foi o que nos foi falado, e que depois eu fui confirmar lendo vários artigos sobre o assunto antes de escrever aqui. Ou seja, não sou uma especialista, mas aparentemente pelo que tem de documentos oficiais aí, é mais do que uma “implicância”…
      Um abraço!

  8. Adorei! Escrita clara, simples e com várias informações! Amo viajar! Já fui para o Nordeste Brasileiro e para a Patagônia, passando por Buenos Aires, Paraguai e Uruguai… num Uno Mille! Agora estou programando ir a Machu Picchu, de carro como sempre gosto de viajar! Gosto de saber e estudar sobre os locais por onde vou e suas informações foram ótimas!

  9. Olá Clarissa, você escreve muito bem e passa muita emoção . Continue nesta trilha, é este seu caminho.
    Quando for a Machu Picchu me lembrarei de suas observações muito valiosas.
    Desculpe, mas mas achei no mínimo hilário a defesa dos espanhóis feita pelo Miguel! Acho que nem mesmo os espanhóis
    fariam tal observação pois é um povo culto , muito consciente de seus erros. Além do mais, defender um matador de elefantes, só pode ser por falta de conhecimento.
    Obrigada pelo texto
    Ceres

  10. Uma reportagem atemporal! Parabéns pelos detalhes nas descrições! Adorei conhecer Macchu Picchu por meio do seu olhar! Um dia irei pessoalmente conferir essa maravilha!!!
    Denise Daldegan – Jornalista – Brasília/DF

  11. Olá, Clarissa, um artigo muito interessante e sem dúvida este destino está cheio de mitos e lendas. Ouvi falar também que Machu Picchu pode ter sido um centro religioso onde virgens eram sacrificadas e a prova disto é a criação do famoso Intihuatana. O que há de verdade nisto não sei, é um mistério. Excelente post, Clarissa, um abraço do Peru.

    • Oi, Marco, tudo bem? Então, o que eu li (mas posso estar enganada) é que a cultura que costumava sacrificar virgens e tal era a maia (aliás, eles eram bem sanguinários nos seus rituais de sacrificio). As leituras e as infos que eu rtive de mMP não falavam de sacrifícios humanos, mas eu posso ter perdido alguma parte!
      Obrigada pela mensagem!

  12. Clarissa, estou indo para Machu Picchu no final desta semana (12/05/2018), e com certeza olharei o local com outros olhos,
    através de seus bonitos relatos.
    Gostaria de saber se tens alguma referência deste guia, o qual você mencionou “Marco”, sobre onde encontrá-lo e/ou
    contratar seus serviços.

    Desde já agradeço!

    • Oi, Débora!

      Eu espero que você faça uma excelente viagem! A viagem a MAchu Picchu até hoje é uma das minhas preferidas, e tenho um enorme carinho com o lugar, com a história e com as pessoas!
      O contato do guia Marco é https://www.askmetravelorganizer.com/pt-br. Ele é extremamente simpático, e me ajudou muito a ver o lugar com outros olhos!

  13. Clarissa, muito show todos os comentários sobre as suas viagens a Machu Picchu. Tenho esse sonho faz muito tempo e quero realizá-lo em breve. Quero sentir de perto e curtir muito toda essa energia poderosa que emana desses locais sagrados. Muito obrigado por ter compartilhado toda essa experiencia fantástica, que, talvez para a maioria das pessoas, ir lá pode ser como ir a qualquer lugar, mas para outras é muito, mas muito mais que uma simples viagem. Muito obrigado, muita energia boa, muita luz!!!.

  14. É um orgulho total ser peruano, por tudo o que pode ser visto e encontrado nessa bela terra milenar. No entanto, depois dessa pandemia, muitas coisas também mudaram para melhor e para pior, apenas como recomendação para aqueles que viajam para Machu Picchu, tomem muito cuidado com as vagas sim importar a época que vai lá, pois elas são limitadas e hoje em dia quase tudo é reservado com antecedência virtualmente. E pessoas que tentam comprar na hora esses ingressos tem muitos problemas, por isso é melhor prever.

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