Como prometi no post-roteiro-completo mão na roda “Mochilão de 21 dias pela América do Sul: o roteiro definitivo”, aqui vai o segundo post da série, com todas as informações sobre como comprar todos os trechos de cidade a cidade, quanto tempo leva, qual empresa que faz e os prós e contras de cada caminho. Coloquei aqui ainda no estilo “como compramos” x “como faríamos”, para ajudar com as dicas da nossa própria experiência.

Crédito da Foto: Nicolas Nazareth

A quem chegou neste post de para-quedas, eu recomendo dar uma olhadinha no post anterior sobre o mochilão: ali tem um roteiro que seguimos por cidades na Argentina, Bolívia, Chile e Peru (nesta ordem), então estou pontuando os deslocamentos seguindo essa ordem, ou seja, começando a viagem por Buenos Aires e terminando em La Paz.
Mas fica o aviso: seguindo o conceito universal de que “tudo o que vai, volta”, as dicas servem para o sentido contrário também – e espero que ajude na sua programação! 🙂

Com tudo isso explicado, vamos lá?

De Buenos Aires a Salta, na Argentina

Como pode ser feito:
De ônibus: quem topa esta opção, pode verificar as opções de passagens e horários no site Plataforma 10), mas vale avisar que é uma viagem bem longa, chata e cara – são 21 horas dentro de um ônibus. Então, se você está viajando com todo o tempo do mundo, aproveite – mas se está na pilha de fazer certos trechos mais rápido ou gostaria de seguir à risca o roteiro de 21 dias pela América do Sul de que falamos neste post, o mais recomendado é fazer este trecho de avião (o que fizemos!).

De avião: Foi o que fizemos. Fomos com a Aerolíneas Argentinas, que tem voos diretos Buenos Aires-Salta com duração de 2 horas e 15 minutos. Na época, pagamos em torno de R$ 450 reais, mas hoje o mesmo trecho está por volta de R$ 500 (isso, claro, varia bastante de acordo com a época do ano, demanda, essas coisas).

Para ajudar na sua viagem:
Passagens aéreas: Pesquise direto neste link o preço de bilhetes Buenos Aires – Salta.

Hospedagem em Buenos Aires:
Eu fiquei em dois hostels, na época. Um era o Hostel Suites Obelisco, que como o nome sugere, fica bem pertinho do Obelisco e com a localização super boa para se passear pela cidade. Também tinha uma galera jovem e bem fácil de fazer amizade – o que é bom quando você está viajando sozinho. Também é de lá que saem a maioria dos passeios pela cidade (e só por isso achei um ótimo motivo). Por outro lado, achei meio barulhento à noite. Mas ainda assim (e isso é uma opinião super pessoal) se eu voltasse para BsAs para ficar em albergue, acho que ficaria por lá.
O outro albergue que eu fiquei era bem legal e ficava em San Telmo – só que, pelo que eu fui pesquisar recentemente, o hostel não existe mais. Lembro que gostei muito do bairro de San Telmo, e ouvi ótimas referências do hostel Circus e do Art Factory, ambos nessa linha de hostel conceito, arrumadinho e de design bacana. Gostei.
Veja aqui opções de hotéis em Buenos Aires

Hospedagem em Salta:
Eu fiquei no Ferienhaus na época, um albergue simples e jeitoso. Lembro que as instalações eram bem simples, mas o proprietário era um amor e nos ajudou em tudo. Mas quem prefere ficar em hotéis pode contar com opções mais confortáveis como o Casa Real Hotel, o Sheraton Salta, o Hotel Alejandro, o elegantérrimo Design Suites e o Vila Vicuña, um hotel boutique charmosinho – todos eles estão com um ranking bem bacana no Booking.com.
Pesquise aqui mais opções de hospedagem em Salta

Posts sobre o que fazer em Salta:
Arredores de Salta: conhecendo Cafayate
Salta, Argentina: conhecendo a cidade

De Salta até a fronteira com a Bolívia

Eu publiquei esta semana um beabá bem mastigado de como sair de Salta e atravessar a fronteira da Bolívia, passando pelas cidades de La Quiaca (lado argentino) e Villazón (lado boliviano). Confere o post!

Só coloco aqui um adendo importante: Villazón é uma cidade bem simples e, pelo menos que eu saiba, não tem quase estrutura nenhuma de hotel, caso você precise de uma. E não digo isso porque acho que valha a pena ficar mais de um dia por lá, longe disso – mas é que se ocorrer um imprevisto e você ficar pela fronteira em uma entressafra de ônibus ou trens, opte por ficar do lado argentino, em La Quiaca. Lá tem poucas e simples opções de hospedagem, mas que ajudam na hora do sufoco: você pode pesquisar quais são aqui.

Indo de Villazón a Uyuni

Este trecho é feito de trem, que sai diretamente da estação ferroviária de Villazón – e dá para ir andando tranquilamente da fronteira até a estação de trem.


Como funciona: as bilheterias abrem geralmente às 8 da manhã (tem alguns dias que abrem às 7) para a venda de bilhetes, mas o trem mesmo só sai de Villazón em torno de 15:30 – e só vai chegar em Uyuni praticamente à meia-noite. Então, programe-se para passar o dia inteiro em deslocamento.

Algumas dicas importantes sobre esta parte da viagem:

Programe-se para chegar na estação de trem até o meio-dia: isso significa viajar durante a noite, como fizemos quando saímos de Salta, ou sair de manhã bem cedinho da cidade de onde você estiver no norte da Argentina. São poucos trens que fazem este roteiro e, portanto, o número de assentos é limitado (tanto para turistas quanto para locais). E você não vai querer chegar em Uyuni em cima da hora e descobrir que não tem mais bilhetes naquele dia.
Previna-se contra a altitude: Tanto Villazón quanto La Quiaca ficam a 3447m de altitude, então passar mal com a altitude é bem normal. Isso inclui um cansaço absurdo (andar da fronteira de La Quiaca à estação de trem de Villazón não é uma caminhada absurda na prática, mas como a gente estava sob o efeito da altitude, parecia que levava séculos) e MUITA dor de cabeça (eu, pelo menos, sofri bastante). A viagem de trem até Uyuni costuma piorar: Uyuni é mais alta ainda (3.656m) e as longas horas no balanço do trem são um prato cheio para enjoo. Então, previna-se fazendo um estoque de balas de coca (se tiver um remédio chamado Soroche Pills, cmpre também – foi ele que me salvou no Peru!) e muita água (nós comprados 2 garrafas de 2 litros cada de água mineral, e levamos conosco na mochila. Essa dica é fundamental, especialmente se você for fazer o roteiro pelo deserto de sal – a água é pouca e não é confiável). Eu também comprei em Villazón, antes de pegar o trem, um grande pacote de pão puro e queijo – são “petiscos” simples durante o dia que também ajudam com a dor de cabeça.

Força na necessáire: Parecei frase de mulherzinha, né? Mas não é, juro: tem um post especial sobre observações estéticas em uma viagem no deserto em que eu pontuo o que levar na sua necessáire antes de chegar em Uyuni. E eu confesso que pensei que isso antes poderia ser dica só para a ala feminina, mas depois mudei de idéia. Confere o post: tem dicas universais que vão de baby wipes e papel higiênico até cuidados com cabelo e pele!

Tá vendo essa foto do deserto de sal? Altas chances da sua pele sair de lá assim também se você não se cuidar!

Aproveite a vista: O trem passa por paisagens bem bonitas ao longo do caminho. Então, aproveite a vista! 🙂

São dois tipos de vagões: o salão e o executivo (e a diferença de preço é um pouco mais do que o dobro de um para o outro). Porém, ainda assim o preço é em bolivianos, e muito barato: em 2014, o valor do bilhete na categoria salão (mais simples) custava 72 bolivianos (em torno de R$ 26,70 reais) e uma passagem no vagão executivo custa 180 bolivianos (R$ 66,70). Por essa pequena diferença, e considerando que é uma viagem longa (8 horas, mais ou menos) eu acho que vale bastante a pena investir no vagão executivo para ter acesso a pequenos luxos, como ar condicionado, luz individual de leitura (não quer dizer que ela vá funcionar – a minha não funcionou) e outras coisinhas mais. Ah, tem som ambiente e televisão como entretenimento – sendo que no nosso caso, rolava um DVD de clipes do Roxette em espanhol e Shakira no “repeat”! 🙂

O trem faz duas paradas em Tupiza e Atocha antes de chegar a Uyuni. Clique nos links a seguir para ter as informações atualizados dos horários de saída e chegada do trem, os valores e os horários de funcionamento da bilheteria.

A chegada em Uyuni:

Quando eu fui, Uyuni era uma cidade micro onde só tinha duas opções de albergues. De lá para cá, as coisas melhoraram um pouco. Não se preocupe em chegar pela cidade tarde da noite: como é só um trem que chega em Uyuni de Villazón, provavelmente você estará acompanhado de vários outros mochileiros e os hotéis já sabem (e provavelmente terão alguém esperando) a chegada dos visitantes.

Hospedagem em Uyuni: Eu fiquei em um albergue xexelento que não indico para ninguém (e nem achei, o que me faz pensar que não existe mais), mas eu ouvi boas referências do Le Ciel D’Uyuni e o Jardines de UyuniTem também o Hostel La Magia de Uyuni, para quem quer ficar em albergue.
Veja mais hospedagens em Uyuni aqui.

De Uyuni a San Pedro de Atacama: o tour de 4×4 pelo Salar e pelos altiplanos bolivianos

Esse, sem dúvida, é um dos pontos altos e mais esperados da viagem! 🙂

Um dos carros 4×4 que fazem o tour pelo Salar e a travessia pelos altiplanos bolivianos.

Há várias formas de fazer esse tour:
1. Você pode montar base em Uyuni e ficar num dos hotéis de sal, bem próximos ao salar: Na época que eu fiz essa opção não existia (eles ainda estavam construindo alguns dos hotéis de sal), e era proibida a hospedagem por questões ecológicas, segundo eles. Então, aparentemente a restrição ecológica ficou para trás, porque há vários hotéis de sal por ali prontos para te receber numa estadia que, se não for o auge do conforto, certamente será uma das experiências mais memoráveis!

Monick, grande amiga, posando de musa em uma das “mesas ao ar livre” dos hotéis de sal! Crédito da Foto: Nicolas Nazareth

Eu, particularmente, não fiquei em um, só visitei. mas você pode até fazer a reserva pela internet nestes dois hotéis: o Palácio de Sal e o Hotel de Sal Cristal Samaña

Foto de um dos quartos do Palácio de Sal, que foi inaugurado recentemente e parece bem bacana. Crédito da Foto: Divulgação.
Foto de um dos quartos do Palácio de Sal, que foi inaugurado recentemente e parece bem bacana. Crédito da Foto: Divulgação.

Você pode fazer o tour partindo de Uyuni, indo pelo Salar e os altiplanos bolivianos e retornando a Uyuni: Nesse caso, o tour dura em torno de 4 dias, já que o último dia é de volta. É a opção de quem quer continuar o mochilão pela Bolívia, voltando a Uyuni para ir a Potosí, por exemplo.
Você pode fazer o tour pelo Salar de Uyuni, pelos altiplanos bolivianos e chegar em San Pedro de Atacama, no Chile: foi esse o tour que fizemos, e que dura 3 dias (já que não tem quarto dia de retorno). É a melhor alternativa para quem quer seguir viagem pelo Chile.

Alpacas e flamingos vivendo felizes nos altiplanos bolivianos. Crédito da Foto: Nicolas Nazareth

Como é o tour?
Quem segue a direção Uyuni -> San Pedro passa, logo no primeiro dia, pelo cemitério de trens


… pelo hotel de sal (que hoje são mais bonitões, como os que eu mencionei ali em cima. Mas na época, eu conheci um bem mais simples). Depois, vamos direto para o salar de Uyuni propriamente dito (que é um escândalo de lindo!)…

E onde dá para tirar essas fotos engraçadinhas que todo mundo tira de lá!

… e pela Ilha do Pescado.


No segundo dia, o passeio já segue para as lagoas, que são lindas (e cheias de flamingos!)…


…e para a Árvore de Pedra.

Crédito da Foto: Nicolas Nazareth

Já no último dia todo mundo acorda bem cedo e vai ver os gêiseres, dar um mergulho numa das piscinas de água quente em pleno deserto…

Rochane, minha amiga e companheira de viagem, se refestelando nas águas quentes!

…e seguir caminho para a aduana boliviana e de lá, direto para San Pedro de Atacama (e foi bem aqui que a gente passou por uma história super engraçada!).

Observação 1: claro que quem faz o roteiro San Pedro – Uyuni visita essas atrações na ordem contrária. Quem vem nesse sentido tem algumas vantagens: por exemplo, a noite do segundo dia você pode passar em um dos desertos de sal, vendo o pôr do sol e a noite do próprio deserto (e quem passou diz que é um escândalo de lindo, com fotos estreladas e tudo).

Agências que levam:
Quando eu fui, eu contratei a agência que trabalhava direto no hotel xexelento em que eu estava – não fiz pesquisa, não fiz nada, mas confesso que fiz isso do alto da minha (in)experiência dos 26 anos, de modo que eu não sei se na verdade não tinha muitas agências organizadas e divulgadas assim, lá nos meados de 2008, ou se não tinha nada mesmo e eu fui na primeira que vi achando que estava arrasando (e como sabemos, a ignorância é uma virtude).
Ou seja, não tenho como recomendar a agência que eu contratei na época porque nem sei se ela existe, mas pelo que vejo hoje, as ofertas de passeio e de níveis de conforto melhorou muito: já existem passeios de luxo, coisa que na época em que eu fui não vi nada parecido.
Ouço boas recomendações da agência Colque Tours, Cordillera Traveller e da Red Planet (essa, inclusive, tem tours de 1, 2 e 3 dias saindo de Uyuni, e ainda oferece um microônibus que vai direto de La Paz a Uyuni (e, creio, faz a rota vice-versa também). Para quem quer um tour mais confortável e exclusivo, tem a agência Ruta Verde.

Quanto custa:
Ahá: pergunta esperta! Bem, nós fomos com a galera mochileira, no estilo mochileiro e roots de viajar – isso incluía, na época, carros 4X4 compartilhados com outros mochileiros que nem nós, e pernoite em abrigos no meio do deserto (geralmente simples, alguns sem chuveiro, alguns com quartos compartilhados com outros viajantes que nem albergues). Nessa linha, o tour custa em torno de 150, 160 dólares os 3 dias (incluindo o pernoite simples e as refeições idem: café da manhã, almoço e jantar).
PS: lembra das duas garrafas de água que eu sugeri lá na frente para você comprar? E os baby wipes? Pois é, eles quebram um galho enorme nessa hora!
Mas há uma categoria de empresas que operam tours mais confortáveis, em carros privativos, com ar condicionado, e pernoites em hotéis um pouco mais bacanas (embora, mais uma vez, você está em um deserto na Bolívia, então os padrões do que significa conforto mudam um pouco), como a Ruta Verde de que falamos ali em cima. E aí, os preços dos pacotes saltam bastante, chegando a US$ 1.200, US$ 2.000.

Mais dicas importantes:
Lembre-se da altitude: Beber muita água, mascar bala de coca e pegar leve na comida são boas dicas para evitar o enjoo e dor de cabeça. Aqui você está a mais de 3.600 metros.
Carregue sempre a bateria do seu celular (e se possível, leve uma sobressalente): Lembre-se que no meio do deserto não tem tomadas ou postos para carregar o celular – você só vai conseguir fazer isso nos poucos momentos em que estiver nos abrigos. Então, toda vez que estiver num pernoite, recarregue as baterias da sua câmera, celular, etc – e se tiver baterias extras, leve também. O deserto de Uyuni é lindo e você não quer perder a chance de tirar fotos únicas porque a bateria descarregou, né?

Mais links para te ajudar na sua viagem:

Leia aqui os posts de quem também fez esse passeio:
Dicas e Turismo: a Dany fez este mesmo tour, só que saindo de San Pedro de Atacama, indo até Uyuni e voltando. Ela fez um post com dicas ótimas de lá.
Um Viajante: O Robson fez esse tour também partindo de Uyuni em direção a San Pedro, e conta aqui todas as dicas (com fotos lindas!)
Viaje na Viagem: Esse post do VnV foi um pedido de ajuda com dicas ao Tiago, que queria fazer a rota partindo de San Pedro – e o bom é que o post até hoje está cheio de comentários super úteis de leitores, cheios de dicas. É bom para ler e conferir como as coisas estão agora.
Rotas Capixabas: Enfim, esse é o blog do Tiago, que fez uma viagem linda para lá seguindo algumas das dicas do VnV que estão na dica de cima. Ele saiu de San Pedro e contratou a Ruta Verde, a tal da agência mais top, para fazer o passeio. Aqui ele conta as lindezas – e um enorme perrengue – que aconteceram. Leitura obrigatória.

De San Pedro de Atacama a Arica (Chile)

Esse trecho fizemos de ônibus, e vale avisar que é uma viagem bem longa: são 10 horas de viagem, com uma baldeação obrigatória na cidade de Calama.
Por isso, uma dica é fazer esse roteiro de noite. Você vai chegar moído no destino final, mas deixe para descansar em Arica – que é uma cidade de mar, sem altitude e com um astral bem gostoso. E com isso, você aproveita também até o final do que puder em San Pedro de Atacama.
Eu comprei as passagens na companhia de ônibus chilena Turbus – Veja o site deles aqui.. Você pode comprar direto a passagem pela internet ou direto na rodoviária de San Pedro. Os ônibus são super confortáveis (na verdade, foram os mais confortáveis dessa viagem, considerando que eu peguei ônibus na Argentina, Peru e Bolívia também) e ainda tem a opção de comprar com assentos reclináveis.
Dica especial: tente reservar com uma pequena antecedência: não há muitas linhas de ônibus saindo e, como é preciso fazer baldeação, poucos bilhetes possibilitam essa mudança. Ah, e para quem pensa em pegar os ônibus noturnos: tem um que sai às 8 horas de San Pedro de Atacama e chega em torno das 6 horas em Arica. Aí você vai direto para o seu hotel dormir antes de aproveitar a praia de tarde! 🙂

Praia de Arica: Não é praia mais bonita do mundo, mas cai super bem depois de dias em um deserto, né?

Links úteis:
Pesquise aqui hotéis em San Pedro de Atacama
Pesquise aqui hotéis em Arica

Indo de Arica (Chile) a Tacna, Arequipa e Cusco (Peru)

Explico todos estes trechos de uma vez porque fomos assim que o fizemos – a viagem durou quase 24 horas, no nosso caso, partindo de Arica, no Chile, a Cusco, no Peru. Fizemos este trecho todo de ônibus.

Como é a passagem pela imigração:
Ainda em Arica, no Chile, é preciso ir a um “terminal” que fica ao lado da rodoviária da cidade – de lá saem os “táxis”, que são carros particulares que fazem lotação e levam os passageiros de um lado a outro da fronteira. Como o sistema é por lotação você negocia na hora a passagem, paga o valor correspondente e entra no primeiro carro que vai leva-lo até Tacna – você mais quantas pessoas entrarem na lotação também.
O terminal em questão se assemelha a um enorme estacionamento e, apesar das negociações serem muito informais, não há problema – geralmente a travessia é feita de forma bem segura e não leva muito tempo.
Saindo do terminal, no carro lotado, você chega à imigração peruana, que é bem tranquila. Todos os passageiros tem que sair do carro e passar por uma fila onde o oficial de justiça pode revistar algumas malas e onde ele carimba o passaporte. O motorista do seu “táxi” fica do lado de fora te esperando para seguir viagem.
O que pode demorar, nessa travessia, é a passagem pela imigração, quando a fila é grande, mas em geral não leva mais do que 15 minutos. De volta ao carro, a chegada até a rodoviária de Tacna, já no Peru, demora 30 minutos.
Não passeamos por Tacna por não tem muita coisa para ver na cidade. Fomos direto à rodoviária, onde compramos os bilhetes para Arequipa e de lá para Cusco.

Pegando o ônibus para ir a Cusco:
Não há ônibus direto de Tacna para Cusco, de modo que você precisa fazer uma baldeação em Arequipa, e de lá trocar de ônibus. Então, se você for fazer a viagem direto, compre logo os dois trechos (Tacna – Arequipa e Arequipa – Cusco) juntos, porque se der algum problema e o ônibus chegar atrasado, você não perde sua “conexão” e eles te reembolsam (ou deveriam). Mas se você pensa em ficar em Arequipa mais tempo (eu postei ali em cima que vale a pena!), deixa para comprar a passagem Arequipa-Cusco lá mesmo.
Na época fomos com a uma companhia chamada Flores (o site deles é cafoníssimo e com pouca informação, mas você consegue saber mais sobre rotas e horários no guichê de informações nas próprias rodoviárias que for). Mas para comprar bilhetes com antecedência ou pesquisar melhor os horários e os trechos, melhor ver pelas companhias mais fortes no país hoje, que são a Cruz del Sur, Expresso Cial e Tepsa. Todas elas fazem os trechos entre Tacna, Arequipa, Cusco, Lima e Puno.
Quem tem um post ótimo sobre ônibus é o Sundaycooks. Dá uma olhada aí! 🙂

Tempo de viagem:

De Arica a Tacna: de 45 minutos a 1 hora.
De Tacna a Arequipa: são de 6 a 7 horas de ônibus
De Arequipa a Cusco: em torno de 10 horas (a viagem tem muita subida e curva. Aqui fica a dica de levar seu Soroche Pills ou qualquer outro remédio que você ache necessário para aguentar a viagem, se você enjoa com facilidade). Nós fizemos este trecho à noite, para dormirmos no caminho.
Todos esses trechos foram feitos num dia só, num batidão de viagem que ficou meio cansativo, mas que dá para fazer. Só considere, se você não tiver muita pressa, de ficar uns dois dias em Arequipa, que a cidade é bem fofinha – E eu já tinha sugerido aqui que vale a pena passar uns dias nela!

Mais links úteis para sua viagem:
Veja aqui opções de hospedagem em Arequipa
Veja aqui opções de hospedagem em Cusco

Indo de Cusco a Machu Picchu

Olha, aqui eu nem vou me estender muito por que já fiz aqui no blog alguns posts óóóótemos sobre o assunto, explicando timtim por timtim. 🙂

É só conferir estes posts aqui:
Quantos dias ficar em Cusco (e o que fazer em cada um deles)
Como ir a Machu Picchu: 3 opções detalhadas partindo de Cusco
Onde se hospedar em Águas Calientes: dicas para todos os bolsos
O que fazer em Águas Calientes e se vale a pena dormir por lá.
Como é ir para Machu Picchu pela Inca Rail
8 razões para viajar para o Peru agora (e voltar amando!)
10 Curiosidades sobre Machu Picchu para você amar a cidade antes de chegar lá
Review do Hotel Sumaq: uma deliciosa opção de hospedagem em Águas Calientes

Indo de Cusco (Peru) a Copacabana (Bolívia)

O que fizemos:
Queríamos viajar de ônibus pela noite, já que a viagem levava umas 10 horas mais ou menos, e a gente achava que seria uma boa ir dormindo durante o percurso (além de que, na cabeça mochileira que eu tinha na época, economizava-se uma noite de hospedagem).

Tchau, Cusco! 🙂

A viação que fomos era a tal da Flores, mas quem também faz este trecho é uma empresa chamada Nuevo Continente. Quem costuma vender passagens são agências de viagem em Cusco, mas minha recomendação seria comprar direto no guichê deles na rodoviária (e para isso eu digo qualquer que seja a empresa que você escolha. Tive a sensação de quem as agências de viagem metiam a mão e essa impressão foi confirmada por muita gente que foi depois também, bem como alguns relatos na internet).

O que achamos: Bem, nossa viagem não foi a última maravilha do universo, o ônibus da Flores era bem frio (eles distribuem uma coberta que não tinha lá um cheiro muito limpinho, mas tava muito frio e, bem, era o que tinha para hoje. Então, fica a dica: leve o seu casaco a tiracolo e prepare-se, não conte com a calefação do ônibus). Mas tudo transcorreu sem demais problemas.

Não fomos na Nuevo Continente, mas pesquisando sobre eles para vocês encontrei algumas reclamações deles (aqui e aqui): em alguns casos eles cobravam uma coisa e chegando lá era outra (tipo, um ônibus leito que não era leito e por aí vai). De qualquer modo, é ainda uma opção de transporte, e se você já for mais de olho aberto para a hora de comprar o bilhete, pode fazer uma viagem tranquila.

O que você tem que ir sabendo de antemão antes de chegar lá:

Na hora de comprar o bilhete, escolha um que seja direto, “non-stop”, para Copacabana – mas saiba de antemão que o ônibus “non-stop” vai ter um “stop” sim, e que você vai ter que trocar de veículo.

Explico: os ônibus “non-stop” não fazem, de fato, parada nenhuma (nem aquelas para ir ao banheiro, fazer um lanche ou esticar as pernas), de modo que aconselho desde já você a ir no banheiro na própria rodoviária antes de embarcar e, se for o caso, levar a tiracolo o seu lanche. Mas mesmo que eles indiquem que o ponto final seja em Copacabana, na Bolívia, eles não vão te deixar lá; eles param na fronteira com a Bolívia, onde você desce do ônibus com todos os seus pertences, passa pela imigração boliviana, tem seu passaporte carimbado e fica esperando no meio de uma estradinha uma van qualquer para te levar ao centro de Copacabana. Essa van costuma cobrar por este serviço umas moedinhas a mais – o que é um saco, porque você já pagou a passagem integral por um trecho até Copacabana, mas enfim. Eu lembro que não pagamos, mas às vezes eles dão uma forçada de barra (e, afinal, você está ali no meio da estrada sozinho). Enfim, agruras de uma viagem.

E porque eu conto isso? Porque essa parada é meio que obrigatória, a troca de ônibus é necessária (não sei se por alguma regra de proibição de ônibus peruanos entrarem e desembarcarem em território boliviano, sei lá), mas a verdade é isso é de praxe acontecer nesse trecho – só que absolutamente ninguém vai te contar isso na rodoviária, e você vai fazer a viagem (como nós fizemos) achando que o “non-stop” só acabava em Copacabana e não vai entender nada quando te deixarem, sem mais nem menos, na beira de uma estrada. Por isso fica o aviso: para você já ir sabendo como é o esquema.

Chegada em Copacabana: um oi de novo) para a Bolívia!

Observação: a imigração boliviana, aqui, em geral é relativamente simpática com brasileiros. Mas me pediram, de novo, a carteira de vacinação da febre-amarela. O pedido foi aleatório, pois pediram para algumas pessoas no grupo e não para outras. Pelo sim, pelo não, leve o seu certificado num lugar acessível se tiver que mostrar.
Alternativa: como outra opção é ir de Cusco para Puno, cidade peruana às margens do Titicaca, e de lá para La Paz, quem optar por fazer esse roteiro. Em Puno há ônibus que levam de lá para Copacabana também (o valor mais recente que eu vi foi de 15 soles).

Ilhas de Puno, outra opção para ver o Titicaca. Crédito da Foto: Nicolas Nazareth

Links úteis para te ajudar na sua viagem:

Opções de hospedagem em Copacabana.

De Copacabana a La Paz, na Bolívia

Essa aqui dura mais ou menos umas 3 horas e meia a 4 horas. É tranquila, embora a estrada seja bem ruinzinha.
São várias vans e ônibus que fazem o transporte em vários horários ao longo do dia, em ambos os sentidos. São tantas as opções de transporte que não é preciso se preocupar muito com horários, é só chegar lá na hora e embarcar no próximo ônibus que estiver saindo.
As principais formas de ir é através de ônibus (companhias Manco Kapac e Transporte 2 de Febrero, não encontrei os sites delas) ou de vans.
O ponto das vans fica na Plaza 2 de Febrero, assim como o da companhia de ônibus de mesmo nome – é em frente à catedral principal de lá. Já os ônibus da companhia Manco Kapac ficam num estacionamento na praça Sucre, seguindo a mesma avenida 6 de agosto em direção à praia do lago Titicaca.

O que nós fizemos: fomos de ônibus. Não lembro a companhia de ônibus (me desculpem!) e não fomos de van na época, mas por puro preconceito: a gente achou que de ônibus a viagem seria mais confortável, e não tínhamos ido com a cara de nenhum dos motoristas das vans, mas hoje eu vejo que isso era pura frescura nossa – li vários relatos de gente que foi de van (alguns amigos meus me contaram o mesmo) e que foi tudo bem.
O valor do trecho mais atualizado que eu vi está em torno de 15 bolivianos (mas se você tiver ido recentemente e mudou, por favor me avisa! 🙂 ).

Observação 1: Não sei como está agora, mas pelo menos quando eu fui, acontecia isso:

O fato de você comprar uma passagem de ônibus com assento marcado não quer dizer que o assento vai estar lá disponível para você: ou que o ônibus vai sair só com aquele número de assentos. Muitas vezes, eles vendem acima da capacidade, e no meu caso, tinha muita gente – muita mesmo – viajando de pé nos corredores. Ou seja, assim que você comprar seu bilhete, já pegue o seu lugar, para não perigar de ficar sem ele também.

Se você compra um bilhete de ônibus para um determinado horário e ele lota antes da hora de partida, ele pode sair antes: É bom ficar de olho para rolar aquilo de ir da um pulinho “logo ali” e quando voltar, o ônibus já foi.

Eles cobravam “propina” para colocar mala no bagageiro do ônibus: Não era muito, mas é o suficiente para muita gente preferir viajar com malas enormes no ônibus mesmo, alocadas nos corredores. Só para você ficar ligado.

Não é nada raro bichos viajarem com você: Quando eu fui, tinha um cachorrinho no banco de trás, mas vi e ouvi relatos de quem viajou com filho de lhama e galinhas.

Me dá uma carona? 🙂

Muito importante: no meio do caminho há uma travessia de balsa em um rio – e todos os passageiros viajam por um barquinho enquanto os ônibus e vans viajam em outra balsa. Para fazer essa travessia é cobrado um preço à parte que não está incluído no bilhete da viagem (você paga 2 bolivianos num guichêzinho bem simples). Mas nem se preocupe com as indicações: no meio da viagem a van vai parar e todo mundo vai descer – é só seguir os outros viajantes, fazer o pagamento com eles, atravessar o barquinho e seguir viagem.
O ponto final da viagem é em frente ao cemitério de La Paz. Quem faz o sentido contrário e vai de La Paz a Copacabana, as dicas também valem – esse ótimo post aqui do 4pies dá as dicas certinhas para quem for fazer por esse sentido.

Indo de La Paz a Santa Cruz de La Sierra (Bolívia)

O que a gente pensou em ter feito: estávamos na vibe mochileira-aventureira e chegamos a cogitar ir de ônibus, mas desistimos. Santa Cruz está a uma altitude de 416 metros acima do nível do mar, e La Paz está a 3660 metros – mais de 3000 metros de diferença. Ou seja, se mesmo jogando no Google Maps as cidades parecessem próximas, tinha muito chão a ser percorrido, e a viagem de ônibus chegava a durar 24 horas.

Vista de La Paz

Outro fator a se considerar é que viajar de ônibus na Bolívia não é das experiências mais confortáveis (o que normalmente não seria nenhum problema para a gente, mas já era fim de viagem e estávamos bem cansadas). Só que o que fez a gente descartar a idéia mesmo foi os relatos de constantes greves no país, cujos protestos frequentemente fechavam as estradas e aí ninguém andava e ninguém saía. Isso aparentemente é bem comum por lá, e tínhamos receio de perder tempo se houvesse um imprevisto desse (afinal, ir de ônibus já significavam 24 horas a menos do nosso tempo escasso de 20 dias).

O que a gente fez de verdade: Optamos por ir de avião. Na época, a companhia aérea boliviana que fazia esse trecho interno era a AeroSur, que acabou fechando. Hoje, quem opera o trecho La Paz – Santa Cruz é a BOA (“Boliviana de Aviación” – nenhuma semelhança com a propaganda de cerveja! 🙂 ). É a companhia estatal da Bolívia e ela voa também para o Brasil, ligando Guarulhos a Cochabamba e a Santa Cruz, de modo que você pode considerar comprar os dois trechos (La Paz – Santa Cruz e Santa Cruz – Guarulhos) num bilhete só e só fazer a conexão. Às vezes, ela oferece preços mais competitivos que os da TAM e da GOL.
Visite o site da BOA aqui. Para ler um review de como é voar com eles, veja esse post do Melhores Destinos.

O que a gente achou, no fim das contas: Foi a melhor coisa ter ido de avião – ainda mais se considerando que era fim de viagem e a gente estava cansada. 🙂

Indo de Santa Cruz de La Sierra a Guarulhos (e depois ao Rio)

O que a gente fez:
Voamos pela Gol, que era, na verdade, um bilhete que tínhamos que trocar de qualquer jeito.
O que a gente teria feito, se soubesse antes:
Se a gente já tivesse planejado que a volta seria pela Bolívia, teríamos comprado todos os trechos La Paz – Santa Cruz e Santa Cruz – Guarulhos na mesma companhia (que poderia ser a AeroSur, na época, ou até a BOA, nos dias de hoje). Poderia ter saído mais barato que comprar os dois trechos em separado, e ia poupar o estresse de ficar preocupada em perder o segundo voo por conta de um atraso ou coisa parecida. Mas como já tínhamos um bilhete pela GOL, a gente acabou voltando com eles mesmo.

O que você também pode fazer:

Ir de avião: A Gol e a TAM oferecem voos de Santa Cruz até Guarulhos (e, pelo menos até onde eu chequei, só… Não há voos diretos para Rio de Janeiro e demais cidades, só conexão). Outra opção, como eu informei ali em cima, é ir de BOA, a companhia aérea boliviana, que é bem direitinha, e é uma ótima pedida se você pensa em ir direto para La Paz (você compra todos os trechos num mesmo bilhete).

Ir de trem: conversei com alguns amigos que preferiram em fazer a aventura por completo e ir (ou voltar) para o Brasil via terrestre por Corumbá.

Crédito da Foto: Nicolas Nazareth

É nesse trecho que se pega o famoso “Trem da Morte”, mas que na prática o nome é mais assustador que a viagem em si, já que a viagem de trem não tem nada demais (só dizem que a paisagem da estrada é meio feia e sem muitos atrativos).
O “Trem da Morte” liga Santa Cruz de la Sierra a Puerto Quijarro, já na divisa com Corumbá (Mato Grosso do Sul, Brasil). Dali de Quijarro, você já faz a travessia normalmente de volta para o país.

Fronteira Brasil – Bolívia. Crédito da Foto: Nicolas Nazareth

A viagem de Santa Cruz até a divisa com o Brasil de trem leva aproximadamente 17 horas, e pelo que eu ouvi de um amigo que fez (nós não fizemos) ela tem mais a vibe mochileira genuína de se estar indo de trem do que, necessariamente, uma paisagem bonita (não é como o trem de Cusco a Águas Calientes, por exemplo).
Pelas razões acima, não incluímos na nossa viagem – como tínhamos pouco tempo, optamos por otimizar essas horas de viagem com outras coisas. Mas se você gostaria de considerá-la no seu roteiro, tem dicas bacanas sobre lá neste site. Para quem pensa em fazer esse roteiro de carro, esse blog aqui tem uns posts com uns relatos muito bons.

E aqui está o site oficial com os preços e horários de trem de Santa Cruz a Puerto Quijarro.

Observação Importante 1: Aqui, no embarque para o avião de volta ao Brasil, foi a terceira vez que me pediram o atestado da vacina para a Febre Amarela. Na prática, só me pediram 3 vezes em toda a viagem, e em todas elas foram em algum momento de entrada ou saída do país.


Observação Importante 2: Não sei como está agora, mas na época o Duty Free de saída da Bolívia era beeeem mais barato que o nosso. Fica a dica para você conferir os preços no Duty Free das lojas perto do embarque antes de você sair do Brasil – para quando você chegar na Bolívia avaliar se fez bom negócio ou não! 🙂

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Mais informações para ajudar na sua viagem!

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E mais:

Todos os posts sobre: Peru | Bolívia | Chile | Argentina

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Comments

18 COMENTÁRIOS

  1. Oi Clarissa…. que show seu post!!! Super completo!! Bateu muita saudade da viagem agora…. Uyuni e Atacama são lugares que marcaram muito… Parabéns!! E super obrigado por citar o Um Viajante 😉

  2. Oi Clarissa, parabéns pelo blog. Muito lindo o Salar. Conheci ano passado a região central do Chile, muitos vulcões e lagos (fantastico), mas voltei com a região norte do Chile na cabeça, rs. Preciso voltar em breve. esse roteiro tá ótimo. Já o salvei por aqui 😉 Abs!

  3. Clarissa, começo a minha versão #luciamalla pelo seu blog 🙂 . Eu não poderia deixar de te agradecer por linkar o Rotas aqui.
    E que post incrível! Fazer um mochilão pela América do Sul era meu sonho de consumo na época em que viajar para mim era algo distante e caro. Eu sempre recomendo isso para quem quer iniciar nessa vida de mochileiro. E, desde o seu post, passei a ter uma referência direta para indicar.

    • Eita, que honra! E olhe, é sempre um prazer receber sua visita por aqui! Vou indicar mais os seus posts para ter essa honra! 😛
      Pois é, esse mochilão que foi o primeiro da minha vida, e o que me levou a ser blogueira de viagens – coisa que eu só fui descobrir anos depois. Por isso, eu achei que merecia escrever esse post depois e fazer essa homenagem a este roteiro! E bem, eu gostei muito da sua série de posts de Uyuni, inclusive do perrengão que você contou (claro, não gostei do perrengue e deu uma agonia danada ao ler, mas gostei da forma que você escreveu. parecia que a gente estava largado lá com você!). E acho que esses relatos de perrengues é que fazem também parte do que é um blog, né? Não são só as delícias!

  4. Oii, Clarissa, amei esse roteiro!! Pretendo fazer meu primeiro “mochilao” também e gostaria de saber mais ou menos quanto custou na época. Obrigada.

  5. Olá amei seu post estou planejando ir em novembro… É um bom mês ? E estou perdida em relação a passagens afinal vc comprou todas antes ou foi comprano? Queria excluir Buenos Aires já conheço …queria só peru Bolívia e Chile como faço? Me ajuda tô ansiosa e perdia nunca fiz mochilao bjos

    • Renata, novembro é mês de chuva lá, não é bom não! O ideal seria ir a partir de março.
      As passagens aéreas eu comprei com antecedência, e as por vai terrestre eu comprei aos poucos.
      Se você não quer Argentina, você pode seguir exatamente esse roteiro que eu coloquei, Mas com chegada e saída pela Bolívia, em Santa Cruz de La Sierra (você só precisaria ver como ir de Santa Cruz a Uyuni (provavelmente trem) e a partir daí, seguir o roteiro igualzinho ao do post!

      Boa sorte!

  6. Olá, Clarissa, estou com a ideia fixa na cabeça de fazer um mochilão, mas não tenho parceiro de viajem, então penso em fazer esse trajeto sozinho, gostaria de saber se vc tem alguma dica pra mim, também tenho outra pergunta, as passagens de ônibus de um local para outro vc comprou lá, ou vc fez compra antecipada também, e meus parabéns pelo seu post, eu tinha a ideia de fazer essa aventura, mas depois de ler o seu post a ideia acabou de fixar na minha mente, parabéns……..

    • Oi, Ricardo!
      Super recomendo um mochilão, e viajar sozinho não tem problema nenhum – você só precisa estar mais “ligado”.
      Eu comprei todas as passagens à medida em que chegava na cidade… Especialmente porque no Peru (na época) eu não tinha conseguido comprar com antecedência e na Bolívia, praticamente, eu não vi essa opção.
      Particularmente, se você tiver tempo, é uma boa ir comprando as passagens quando você chega na cidade (por exemplo, eu cheguei em Salta-ARG e comprei no mesmo dia da minha chegada uma passagem para o trecho seguinte da viagem). Isso permite que você administre o seu tempo com mais flexibilidade, e ficar mais tempo numa cidade que gostou, por exemplo.
      Só recomendo comprar com antecedência o trecho de trem de ida e volta para Machu Picchu, porque esse esgota muito rápido!

      • Ola Clarissa, muito obrigado por me responder, valeu pelas dicas, só estou com mais umas duvidas, rsrsrsrs
        Em relação a moeda do pais onde você passou, você fez a troca lá ou levou daqui do brasil?
        É seguro pagar com cartão essas despesas?se sim qual é o mais recomendado?
        Desde de já agradeço a sua atenção, espero não estar te incomodando um abraço de um fan rsrsrsrsrsrs
        da sua aventura, se possível gostaria de saber outra forma de nos comunicarmos, pois por aqui fica um pouco mais difícil, mas se não tiver outra maneira, sem problemas, mais uma vez agradeço e um grande abraço.

  7. Clarissa, excelente post!
    Estou programando algo parecido para esse ano. Só uma pergunta: quais trechos é melhor comprar com antecedência e quais consigo comprar na hora sem problemas?
    Obrigado!

    • Oi, Pedro!

      Sem dúvida, comprar tudo o que for passagem de avião com antecedência! E também os bilhetes de trem entre Cusco e Águas Calientes para visitar Machu Pichu (compre os ingressos para MP com antecedência também)!
      Fora isso, eu conferiria a época em que você vai (se for alta temporada ou algum feriado local) e reservaria hotéis. Toda a parte da Bolívia eu fui reservando na hora (o que foi bom e ruim ao mesmo tempo, mas é parte da experiência) mas em Cusco havia um feriado de Páscoa quando fui, e a cidade estava bem cheia. Foi meio puxado achar hotéis!

  8. Oi Clarissa,
    gostei muito desse roteiro e dos lugares que conheceu, o tempo de viagem foi muito bom tambem.
    Você saberia me dizer quanto gastou com toda a viagem?
    Att.

  9. Clarissa, amei o seu post, estou planejando fazer um mochilão com meu namorado em março ou abril de 2018.
    Queria te perguntar algumas coisas, podem ser dúvidas bobas, mas é a primeira vez que farei um mochilão!
    Comprar a passagem só de ida é tranquilo? Digo em termos de visto, essas coisas, não tem problema nenhum não, né?
    Outra coisa: você recomenda comprar com antecedência todas as passagens de avião necessárias ao longo do mochilão? Por que e se acontecer algum imprevisto? Estou com um certo receio de perder algum voo.
    Obrigada por esses guias incríveis, e espero conseguir realizar esse nosso sonho de fazer um mochilão!

    • Oi, Clara, tudo bem?
      Olha, por incrível que pareça, eu realmente comprei as minhas passagens aéreas na hora, na época em que eu fiz essa viagem. Todas as passagens. Mas exatamente porque algumas coisas mudaram de lá para cá, que eu recomendaria você comprar com antecedència (especialmente porque, como vocè pensa em ir em março ou abril, algumas datas são bem disputadas e os preços podem ficar bem caros (ou pior, não ter vaga se for perto de um feriado, por exemplo).
      Eu deixaria para comprar as passagens aéreas com anetecedência, e as de trem/ônibus entre cidades e países na hora, exatamente para contornar caso hajam imprevistos (eu tive uns e adiei uma viagem em um dia, por exemplo). Eu recomendo deixar mais tempo nas cidades em que você chegue ou parta por aviáo exatamente para ter uma margem no caso de imprevistos, mas acho que deixar para comprar voos na última hora pode ser meio caro.
      Só tem uma exceção para isso tudo: bilhetes de trem para Àguas Calientes, para visitar Machu Picchu. Esses lotam super rápido e são mais caros, então compre com antecedència e tente não perder de jeito nenhum!

      Espero ter ajudado! 🙂

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